“Presidentes do PSDB, DEM e PPS recusam
convite do Palácio do Planalto para participarem de reunião, nesta
segunda-feira 1, com a presidente Dilma Rousseff; em pauta estariam sugestões
para reforma política; mas estratégia eleitoral para 2014, associada ao
histórico do PT de recusar diálogo em momentos de tensão, levam Aécio Neves,
José Agripino e Roberto Freire a romperem ponte para solução conjunta de
impasse; apenas o PSOL irá; Dilma quer reforma dividia em três blocos; saiba
quais são
Não haverá bandeira branca entre oposição e
governo em torno da crise política aberta pelas manifestações estudantis em
todo o País. Na manhã desta segunda-feira 1, os presidentes do PSDB, Aécio
Neves, DEM, José Agripino Maia, e PPS, Roberto Freire, confirmaram suas
ausências na reunião que seria feita à convite da presidente Dilma Rousseff, no
Palácio do Planalto. Apenas o PSOL, com seu presidente Ivan Valente e o senador
Randolfe Rodrigues, aceitou participar. O encontro tem como pauta a reforma
política.
A presidente Dilma está decidida a fazer a
reforma política via plebiscito e em três temas, conforme apurou 247.
O primeiro é o que vai sendo chamado no
Palácio do Planalto de "geografia do voto", no qual entrará a questão
sobre a implantação do voto distrital no País. O segundo é o "sistema do
voto", em que uma indagação sobre o voto em listas de nomes, em lugar do
atual sistema proporcional, poderá ser colocada. E o terceiro trata do
"financiamento do voto", capítulo em que, a depender da vontade
presidencial, haverá consulta sobre o financiamento público de campanhas.
Além do aquecimento do debate eleitoral,
pesou na decisão dos três partidos o histórico do PT de ter se recusado, no
passado, a dialogar em momentos de tensão. Em vários discursos, o
presidenciável tucano Aécio Neves lembrou que o partido de Dilma e do ex-presidente
Lula se recusou a votar em seu avô Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em
1985, quando estava em jogo a superação da ditadura militar via Congresso, e
não assinou a Constituição de 1988. Um troco é dado agora, quando quem precisa
de sustentação mais ampla é o PT. Outros virão.”
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