Leia trechos da entrevista concedida à Folha:
Fim da proposta de plebiscito
"Primeiro, vamos ver politicamente quem vai sofrer revés. Acho que é o Congresso. O Congresso precisa ouvir a rua."
Congresso
"Não é o vilão. E nem é a intenção nossa. Lutei muitos anos dentro do
Congresso por reforma política. O financiamento de campanha não pode
continuar como está. É um dos problemas mais sérios da democracia
brasileira.
Não dá para fazer a reforma toda? Vamos fazer alguma reforma para 2014.
Mas os pontos fundamentais não serão alterados sem a participação
popular. Eu acho que o voto vai cobrar caro. Vai ter uma renovação forte
no Congresso se o Congresso não ouvir esse sentimento que está na rua. O
tempo vai dizer."
Ministérios
"Simbolicamente pode ter alguma importância. Mas do ponto de vista fiscal não tem nenhuma importância."
Articulação política
"Precisa de mudança. Os ministros precisam ter mais presença no
Congresso. Dialogar mais com os parlamentares. Receber os parlamentares.
Atender demanda de parlamentares. Para votar os royalties [do
petróleo], fiz reuniões com todos os líderes [no Congresso]. Os líderes
elogiaram. Falaram: "Se os ministros fizessem isso ajudaria muito. Vir
aqui discutir a proposta e defender suas ideias, convencer a gente ou
não. Ajuda muito na relação com o Parlamento".
Dilma
Mercadante diz que a presidente Dilma Rousseff vai se recuperar da perda
de popularidade e intenção de voto nas pesquisas e tem chances reais de
vencer no primeiro turno a eleição presidencial de 2014, quando vai
disputar a reeleição. Ele afirma que não teme a possibilidade de
surgimento de uma nova candidatura, como a do presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. "Acho absolutamente democrático que
qualquer um que ache ter condição dispute a eleição."
Eduardo Campos (PSB)
Afirma ser "legítimo e democrático" que, se ele quiser, dispute a
eleição contra Dilma. Mas fez questão de destacar que muitas realizações
do governador de Pernambuco foram obtidas com a ajuda do governo
federal no período Lula e Dilma. E afirmou ainda ter expectativa de que
ele fique na aliança petista. "Ele será sempre muito bem recebido no
nosso campo de alianças."
Volta Lula
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