Em 2011, José Serra afirmou que NÃO seria candidato a prefeito. Em 2012, Serra disse que é candidato a prefeito de SP |
Principal
foco de rejeição ao ex-governador José Serra (PSDB) na disputa pela
Prefeitura de São Paulo, os rumores de que ele abandonaria de novo o
cargo para concorrer a presidência da República em 2014, como fez em
2006, são tema de discórdia entre seus aliados. O governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não quis se comprometer ontem com a
garantia de que o Serra ficará no cargo até o fim do mandato, em 2016.
Serra tem, porém, a maior
rejeição entre os pré-candidatos, de 35%, segundo o Datafolha de
janeiro. A intenção de voto é de 18%. Grande parte dessa rejeição
deve-se à renúncia dele ao cargo de prefeito em março de 2006, um ano e
três meses depois da posse, para concorrer ao governo estadual. "Na
outra ocasião, houve certa polêmica sobre a renúncia, mas a cidade
aprovou essa renúncia, tanto que ele foi eleito governador no primeiro
turno", disse Kassab, que era vice em 2005 e assumiu o cargo com saída
do tucano.
Fundador de um partido que
nasceu para ser aliado do governo federal, o PSD, a Kassab não interessa
fomentar a ideia de que está dando sobrevida aos projetos presidenciais
de Serra com seu apoio à sua candidatura a prefeito.
Alckmin disse que considera
Serra o candidato mais preparado do PSDB para vencer esta eleição e que
ele será um "grande prefeito" se eleito, mas evitou afirmar que seu
colega desistiu de disputar à Presidência em 2014. "O Serra, óbvio,
se é candidato a prefeito é para fazer um bom governo", desconversou o
governador, quando questionado sobre a estratégia do partido para fazer a
população acreditar que o tucano ficará no cargo até o fim do mandato.
Prévias
O presidente do diretório
municipal da legenda, Julio Semeghini, que é secretário estadual de
Planejamento e Desenvolvimento Regional, reconheceu que o fim das
prévias causaria celeumas no PSDB: "As lideranças do partido percebem
que há movimentações, que há uma força política na militância do partido
que muitos de nós não conhecíamos."
Entretanto, na opinião da
maioria dos filiados ouvidos pela reportagem do jornal Valor, a entrada
tardia de Serra já é "um desrespeito". "As pessoas saíram de suas
casas, foram aos debates, gastaram dinheiro para apoiar seu candidato e
acreditaram no discurso de que haveria democracia interna, mas agora
parece que tudo isso será em vão", afirmou um filiado, que não quis se
identificar por trabalhar em uma secretaria do governo estadual.
Outro até entende a importância
de Serra disputar, pela "densidade eleitoral dele", mas crê que os
militantes foram deixados de lado nessa escolha. "Os líderes do partido
falam uma coisa publicamente, mas articulam nos bastidores outra coisa e
ficamos perdidos, sem entender o que está realmente acontecendo. A
sensação é de decepção, depois de tanta mobilização", comentou outro
tucano.
Aníbal e Trípoli negam uma
alteração na data das prévias, que estão marcadas para o dia 4 de março.
Serra e o grupo do governador trabalham para adiar a votação para o dia
11, para ter tempo de garantir a vitória do ex-governador. Alckmin
evitou defender a mudança no dia da eleição, mas disse que a data é
"irrelevante".O diretório municipal decide hoje se mantém a data.
Com a entrada de Serra, o PSDB
se arma para enfrentar o ex-ministro Fernando Haddad (PT). O partido
quer polarizar a disputa com os petistas e para isso pretende formar um
arco amplo de alianças, que serviria para dar mais tempo de TV à
candidatura. Até agora, eles contam com apoio do DEM, PSD e o PP do
deputado federal Paulo Maluf (SP). Os tucanos ainda querem o apoio do
PPS, que tem como pré-candidata a ex-vereadora Soninha Francine e diz
que não a retira, do PSB e PV. As informações são do jornal Valor
Economico
Um comentário:
Serra... Serra... só se fala nesse vigarista? Pra acabar de vez com essa merda, bnasta instalar a CPI DA PRIVATARIA, e pronto!
E chega de falar desse bosta!
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