A expulsão violenta, em Pinheirinho, de 6 mil de moradores pobres de
suas casas em um terreno pertencente à Naji Nahas, foi fotografada e
filmada sob os mais diversos ângulos.
No dia anterior à desocupação, havia momentos de pânico por parte da
população enquanto era vítima da brutalidade policial na cidade de São
José dos Campos, até os depoimentos colhidos o termino da desocupação,
com a população alojada em abrigos precários e sendo assediada pelas
forças policias que deveriam protegê-las.
Não faltaram denúncias de abuso de poder e de violência extrema, além de
denúncias de que muitas pessoas teriam sido feridas e mesmo mortas, mas
ninguém parece conseguir informações nem nos hospitais da cidade e nem
no (IML) Instituto de Medicina Legal local. O carioca Pedro Rios Leão
foi à cidade de São José dos Campos e entrevistou dezenas de moradores
que, na frente das câmeras, afirmaram a existência de mortos e feridos
que estariam sendo escondidos pela prefeitura e governo estadual.
O ativista encontra-se em greve de fome, acorrentado em uma das entradas
da Rede Globo de Televisão no bairro do Jardim Botânico no Rio de
Janeiro, a quem ele acusa de conivência com o Massacre, que vem sendo
escondido pela grande mídia ou tratado com total normalidade. Seu
protesto é contra o pacto de silêncio entre a mídia e o governo quando o
governo e os empresários agem juntos e ilegalmente, em interesse
próprio e contra a população, seja utilizando o judiciário ou polícia
militar. Ele esteve em São José dos Campos em São Paulo e acompanhou o
processo de desocupação do bairro do Pinheirinho. Pedro, que além de
documentar os fatos, foi testemunha da barbárie, seu protesto é trazer a
barbárie para perto de todos os brasileiros.
Leão aponta não apenas a prefeitura de São José dos Campos, mas também o
governo estadual e federal como culpados pelo que considera um crime
contra a população de Pinheirinho. Ele se declara em estado de guerra
contra governos que são coniventes com o sofrimento da população
desalojada e implora para que a presidente Dilma Rousseff tome uma
atitude.
Seus vídeos denunciam o medo da população frente à violência com que
estão sendo tratados e coleta inúmeras denúncias cuja investigação se
mostra urgente. A igreja onde os moradores se refugiaram foi alvo de
bombas e tiros – apesar das negativas do padre local que,
posteriormente, expulsou os moradores do local – e nas proximidades um
homem foi alegadamente assassinado pelas tropas ocupantes do
Pinheirinho. No vídeo, repetem-se as denúncias de corpos “sumidos” do
IML.Jornal do Brasil
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