Miguel Baia Bargas
Em 20 de outubro de 2010, 11 dias
antes do segundo turno das eleições presidenciais, a direita golpista e o PIG
estavam desesperados com o crescimento vertiginoso nas pesquisas de Dilma
Rousseff, o “poste” indicado pelo “apedeuta”. Ela só não venceu no primeiro
turno porque a verde Marina Silva deu um fôlego a mais para a tropa das elites
reacionárias e tomou milhares de votos para si dos modernos e descolados
que, com certeza, iriam para a atual presidenta.
No período eleitoral, a mídia
“democrática, isenta e imparcial” já tinha tentado de tudo para desbancar Dilma.
Falaram que ela comia criancinha e que liberaria o aborto no Brasil; o bispo de
Guarulhos divulgou panfletos “apócrifos” dizendo que o papa Ratzinger não
queria que ela fosse presidenta, além da ficha falsa publicada pela Folha e das capas da revista (da)
marginal, a não-Veja, que semanalmente anunciava o fim do mundo.
Porém, na quarta-feira, dia 20 de
outubro de 2010, surgiu um fato inesperado, que o PIG logo tratou de
potencializá-lo ao extremo. Durante uma caminhada pelo bairro de Campo Grande no
Rio de Janeiro, o demotucano José Serra, o “mais bem preparado dos candidatos a
presidente”, sofreu um “atentado”, quando seu grupo de aliados entrou em
conflito com os partidários da Búlgara Escarlate, como diria o Professor Hariovaldo.
Na confusão, Serra foi atingido
na cabeça por um objeto. O ataque, que provocou imensa comoção nos meios de
comunicação “democráticos, isentos e imparciais”, levou o candidato a suspender
sua agenda. As Organizações Globo, em seus telejornais, ouviram as opiniões de
seus “especialistas” para saber tudo: qual era o objeto, se a velocidade e o
peso poderiam ter afetado o cérebro (?) do candidato... E passaram “n” vezes o
momento do atentado.
Só que o SBT, que também cobria a
caminhada, filmou a trajetória inteira do “projétil” até bater na careca do
derrotadíssimo Serra. Era uma pequenina bolinha de papel. No vídeo abaixo, você
poderá ver (ou rever) a reação tranquila do demotucano após o impacto. Porém, Serra
recebe um telefonema, cerca de 20 minutos depois do “ataque”, e imediatamente
começa a passar mal devido ao selvagem golpe desferido pelos petistas. O
candidato foi levado até um hospital, onde o médico Jacob Kligerman explicou
que o golpe havia sido na região occitoparietal, mas que não houve ferimento
aparente. Serra foi submetido a uma tomografia computadorizada para evitar
complicações.
Ou seja, tudo não passou de uma
farsa para tentar fazê-lo uma vítima. Porém, quem nasceu para ser Serra nunca
chega a um Lacerda... No máximo, no máximo a um Rojas (clique
aqui). Depois disso, Serra virou motivo de chacota até de seus companheiros
de legenda. Agora, é presidente de um instituto que não serve para nada, não
participa das decisões de seu partido e passa suas noites de insônia no Twitter
falando mal do governo. Como diria minha falecida avó: “Aqui se faz, aqui se
paga.”
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