Que não conhece
Itaquera e se nega a conhecer este pedaço digno do
Brasil...
Que acredita que a
trabalhadora Zona Leste não faz parte de São
Paulo...
Que consideraria normal
qualquer investimento público ou privado no Jardim Leonor, na Zona Sul, mas se
indigna e se agita em faniquitos quando percebe que os outsiders da Leste também
têm direitos...
Que propaga, mesmo de
brincadeira, a ignomínia de que corinthiano é bandido, ladrão e
preguiçoso...
Que não enxerga um
palmo à frente do nariz e abomina a ideia da Copa 2014 no
Brasil...
Que não percebe que a
tal "isenção" é, na verdade, investimento...
Que não se dá conta de
que esse mesmo incentivo serve, historicamente, a indústrias de todos os tipos e
mudou a cara de muitas cidades
brasileiras...
Que finge não saber que
a Copa trará R$ 172 bilhões em investimentos diretos para o
país...
Que tapa os ouvidos
quando alguém lhe mostra que as atividades da Copa vão gerar, até 2014, pelo
menos 150 mil empregos...
Que simulando ser
"gente de bem", grita desafinado por hospitais e escolas, como se os negócios da
Copa e da Olimpíada não fossem nos ajudar a construi-los, mais e melhores, no
futuro breve...
Que mergulhado na
ignorância não viu o que a Olimpíada fez por Seul ou por
Barcelona...
Que, crente na mídia
fanática de negação, nem se deu conta do benefício da Copa para a África do
Sul...
Que repete os bordões
dos comentaristas hipócritas, escandalizados porque a abertura do maior
espetáculo da Terra será na casa dos "pretos", dos "carcamanos", dos "anarcas",
dos "suados", dos "carroceiros", dos "migrantes e imigrantes", dos "mestiços de
toda cor e sabor"...
Que se acha um cidadão
exemplar, mas se rói de ciúmes, todos os dias, doido porque a empregada comprou
um carro, porque o filho do porteiro vai fazer faculdade, porque tanta gente de
mão calejada agora compra carne de primeira no
hipermercado...
Ah, eu não tenho pena
você, porque pena é coisa sua, amigo egoísta, elegante, marchador seletivo, tão
azedo que já não tolera o próprio gosto.
Por ti, eu tenho
COMPAIXÃO. Isto, sim, é coisa nossa, coisa "eternamente dentro dos nossos
corações".
Também de e-mail enviado por Beatrice.Lista.
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