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Com sete anos de mandato pela frente, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) não fez a reclamação pública pela exclusão por incômodo pessoal. Canalizou um protesto do próprio Serra, ainda que este possa não tê-lo encomendado. Importa aqui a reafirmação de que Serra se mantém decidido a nova candidatura presidencial.
Se optasse pela prefeitura, como gostariam Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves, o ex-governador estaria fora da disputa em 2014. Nessa hipótese, seria difícil renunciar novamente a um cargo para o qual fora eleito e arriscar a presidência. Já seria um candidato sob tal suspeita.
Com as prévias do PSDB aprovadas, fica também mais difícil o caminho para Serra à prefeitura. Dos postulantes, estima-se que apenas Andrea Matarazzo abriria mão numa eventual e improvável revisão de planos do ex-governador.
O que se tem, portanto, é a tentativa da dobradinha Alckmin/Aécio de dar o xeque-mate em José Serra na disputa pelo comando do PSDB. Que tem outra face, mais histórica, por ora convenientemente congelada pelos dois líderes tucanos, que é a luta pela hegemonia do partido entre Minas e São Paulo, com origem na própria criação do PSDB.
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