Operação contra esquema de propina nos Transportes do DF prende quatro pessoas; um continua foragido
Tem jeito não, onde há corrupção há um demo no meio.Será que Contas Abertas vai publicar esta denúncia?
A
Operação Regin da Polícia Civil do Distrito Federal já prendeu quatro
pessoas envolvidas em um suposto esquema de cobranças de propina na
Secretaria de Transportes do DF em contratos firmados com cooperativas
de transporte entre 2008 e 2010.
Foram presos Adevandro Pereira,
Josenildo Batista e José Estelito Lopes no fim de semana e José Geraldo
de Oliveira Melo, que se apresentou hoje (10) na Decap (Divisão Especial
de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública). Melo é
ex-assessor especial do GDF (Governo do Distrito Federal) e policial
civil. Continua foragido o ex-secretário adjunto de Transportes, Júlio
Urnau, que é acusado de concussão (extorsão praticada por funcionários
públicos).
De acordo com a polícia, Melo e Urnau cobravam propinas para firmar contratos.
Os depoimentos colhidos pela polícia apontam que tanto o ex-deputado
federal e atual presidente do DEM, Alberto Fraga –que era secretário de
Transportes do governo de José Roberto Arruda (sem partido)– quanto o
ex-governador seriam beneficiados pelo esquema. Ambos negam.
Fraga se apresentou à polícia para
prestar depoimento neste sábado (8) e Arruda ainda não foi chamado, mas
deve comparecer em breve, segundo o delegado da Divisão Especial de
Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), André Luiz
Fonseca Sala.
Em nota, o deputado acusa o
atual governador Agnelo Queiroz (PT) de tentar “esconder a sua notória
incompetência criando factóides para desqualificar seus opositores”.
Fraga destaca que quando secretário da pasta teve “a coragem de retirar
das ruas cinco mil vans piratas e são exatamente esses que lançam
acusações descabidas e sem provas para esconder sua incompetência na
gestão de cooperativas que venceram licitações, tiveram autorização
judicial para funcionar, mas não conseguem cumprir seus compromissos”.
Em resposta, também em nota, o governo do Distrito Federal nega que faça pressão sobre qualquer trabalho policial e acusa o deputado de “criar uma cortina de fumaça como estratégia desesperada de explicar o fato de ser alvo de uma investigação policial”.
Em resposta, também em nota, o governo do Distrito Federal nega que faça pressão sobre qualquer trabalho policial e acusa o deputado de “criar uma cortina de fumaça como estratégia desesperada de explicar o fato de ser alvo de uma investigação policial”.
Entenda o caso
José Estelito Lopes e Josenildo
Batista, presos na operação, eram funcionários da Coopatag (Cooperativa
dos Profissionais do Transporte Alternativo) do Gama. A Coopatag, mesmo
ganhando a licitação, teria sido “obrigada” por Julio Urnau a pagar
propina no valor de aproximadamente de R$ 800 mil para operar no Gama,
cidade-satélite a cerca de 30 km de Brasília.
Já Adevandro Pereira era uma
espécie de consultor na área de transportes e, segundo as investigações,
seria o idealizador de um segundo esquema, envolvendo Lopes e Batista.
Os três são acusados de participar de um esquema com a antiga
cooperativa que atuava no mesmo trecho, a Coobrataete (Cooperativa
Brasiliense de Transportes Autônomos, Escolares, Turismo e Especiais do
DF), que teria pago cerca de R$ 2 milhões para obter a outorga.Os presos
devem responder por corrupção ativa e passiva, e os servidores por
concussão.Folha.
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