terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mais um demo envolvido em corrupção

Operação contra esquema de propina nos Transportes do DF prende quatro pessoas; um continua foragido

    
Tem jeito não, onde há corrupção há um demo no meio.Será que Contas Abertas vai publicar esta denúncia?
A Operação Regin da Polícia Civil do Distrito Federal já prendeu quatro pessoas envolvidas em um suposto esquema de cobranças de propina na Secretaria de Transportes do DF em contratos firmados com cooperativas de transporte entre 2008 e 2010.


Foram presos Adevandro Pereira, Josenildo Batista e José Estelito Lopes no fim de semana e José Geraldo de Oliveira Melo, que se apresentou hoje (10) na Decap (Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública). Melo é ex-assessor especial do GDF (Governo do Distrito Federal) e policial civil. Continua foragido o ex-secretário adjunto de Transportes, Júlio Urnau, que é acusado de concussão (extorsão praticada por funcionários públicos).


De acordo com a polícia, Melo e Urnau cobravam propinas para firmar contratos. Os depoimentos colhidos pela polícia apontam que tanto o ex-deputado federal e atual presidente do DEM, Alberto Fraga –que era secretário de Transportes do governo de José Roberto Arruda (sem partido)– quanto o ex-governador seriam beneficiados pelo esquema. Ambos negam.


Fraga se apresentou à polícia para prestar depoimento neste sábado (8) e Arruda ainda não foi chamado, mas deve comparecer em breve, segundo o delegado da Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), André Luiz Fonseca Sala.


Em nota, o deputado acusa o atual governador Agnelo Queiroz (PT) de tentar “esconder a sua notória incompetência criando factóides para desqualificar seus opositores”. Fraga destaca que quando secretário da pasta teve “a coragem de retirar das ruas cinco mil vans piratas e são exatamente esses que lançam acusações descabidas e sem provas para esconder sua incompetência na gestão de cooperativas que venceram licitações, tiveram autorização judicial para funcionar, mas não conseguem cumprir seus compromissos”.

Em resposta, também em nota, o governo do Distrito Federal nega que faça pressão sobre qualquer trabalho policial e acusa o deputado de “criar uma cortina de fumaça como estratégia desesperada de explicar o fato de ser alvo de uma investigação policial”.

Entenda o caso


José Estelito Lopes e Josenildo Batista, presos na operação, eram funcionários da Coopatag (Cooperativa dos Profissionais do Transporte Alternativo) do Gama. A Coopatag, mesmo ganhando a licitação, teria sido “obrigada” por Julio Urnau a pagar propina no valor de aproximadamente de R$ 800 mil para operar no Gama, cidade-satélite a cerca de 30 km de Brasília.


Já Adevandro Pereira era uma espécie de consultor na área de transportes e, segundo as investigações, seria o idealizador de um segundo esquema, envolvendo Lopes e Batista. Os três são acusados de participar de um esquema com a antiga cooperativa que atuava no mesmo trecho, a Coobrataete (Cooperativa Brasiliense de Transportes Autônomos, Escolares, Turismo e Especiais do DF), que teria pago cerca de R$ 2 milhões para obter a outorga.Os presos devem responder por corrupção ativa e passiva, e os servidores por concussão.Folha.
0 comentários  

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Nenhum comentário: