Por Altamiro Borges
Na
quinta-feira passada (6), mais um ato de violência foi registrado no
Chile. O filhote de Pinochet e barão da mídia Sebastián Piñera,
presidente do país vizinho, ordenou a feroz repressão contra mais uma
manifestação estudantil em defesa da educação gratuita e de qualidade. A
brutalidade do neoliberal não poupou ninguém. Novamente, jornalistas
foram agredidos e presos, impedidos de realizar seu trabalho.
Luis Narváez, da emissora Chilevisión,
foi detido após ter reclamado da agressão contra seu colega, o
cinegrafista Gonzalo Barahona. A Associação de Jornalistas do Chile
condenou a violência policial contra os profissionais de imprensa.
Segundo nota emitida pela entidade, "tal conduta parece encaminhada a
impedir o direito à informação e representa uma séria ameaça ao
exercício jornalístico".
O silêncio da SIP, Merval, Boris
Outros
jornalistas também foram agredidos - entre eles, Nicolás Oyarzún, da
CNN, e Jorge Rodríguez, da Megavisión. Nos protestos no Chile, que
crescem a cada dia, a violência contra os jornalistas tem sido uma
constante. Piñera, um neoliberal paparicado pela mídia brasileira, não
vacila em adotar práticas conhecidas do período da sanguinária ditadura
militar de Pinhochet.
Cadê a
Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que adora criticar os
governos progressistas da região? Cadê a Associação Nacional de Jornais
(ANJ) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
(Abert), que também gostam de se meter nos países vizinhos. Nenhuma nota
oficial contra o amiguinho Piñera? Merval Pereira não vai falar nada na
TV Globo? Boris Casoy não fará seu biquinho de indignação? Realmente, a
SIP e a mídia brasileira são "uma vergonha". Só enganam os ingênuos!
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