A entrevista vazia de Aécio
Luis Nassif Online
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O PSDB teria adotado a estratégia
correta, de definir um nome para as próximas eleições e apostar
antecipadamente todas as fichas nele, não fosse um detalhe: o nome
escolhido, Aécio Neves, não está pronto.
A entrevista ao Estadão é
reveladora. Aécio não é portador de novas ideias, nova visão de país.
Seu discurso é oco, um amontoado de clichês sem ideias mais elaboradas.
Parece mais um garotão contando prosa do que um candidato a estadista.
Não conseguiu avançar além de
nenhum dos clichês de campanha. Fala do legado de FHC, a fantasia das
reformas (todo político vazio defende reformas genéricas, sem
especificar conteúdo), critica o aparelhamento da máquina.
São declarações frutos de
pesquisa de opinião. Só que a pesquisa olha o passado, o bordão que o
eleitor conhece e da forma mais simplificada possível. As pesquisas não
se baseiam em visões estruturadas de nada. Colhem apenas frases soltas.
Cabe ao estudioso recolher as frases soltas e desenhar um todo lógico.
Ao Estadista, cabe ir muito além da percepção atual dos eleitores.
Aécio se limita a repetir as
frases escolhidas pela pesquisa. Ou seja, não chega sequer ao primeiro
estágio, de elaborar um modelo sobre o presente. Menos ainda se mostra
capaz de descortinar o futuro.
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Do Blog O Esquerdopata.
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