Celina Leão, a deputada distrital que
acusa o governador Agnelo Queiroz (PT) de receber propina de um lobista,
entrou para a política do Distrito Federal pela porta do gabinete de
Joaquim Roriz, ex-governador da capital e inimigo político do petista.
Ela foi secretária de Juventude
na última gestão de Roriz, em 2006. Depois, foi chefe de gabinete de
Jaqueline Roriz, filha do ex-governador, que foi deputada distrital na
legislatura passada.
Pelas
mãos da família Roriz, Celina se elegeu com menos de 8.000 votos no ano
passado. Responde a inquérito no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob
acusação de ameaçar cortar benefícios sociais de quem não votasse nela
--sua assessoria diz não haver provas do suposto crime.
Hoje, Jaqueline é deputada federal. Ela e Celina, que antes se apresentavam como "amigas", não se falam mais.
O rompimento definitivo foi em
março, quando Jaqueline quase foi cassada após aparecer em vídeo
recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, o delegado que delatou o
mensalão do DEM e derrubou o ex-governador José Roberto Arruda.
O clã Roriz ficou ressentido com
Celina, que não defendeu a ex-chefe e só falou sobre o escândalo para
contestar acusação de que teria se beneficiado de esquema montado na
administração de Samambaia, cidade satélite do DF e reduto dos Roriz.
Celina disse que as denúncias foram plantadas pelo PT em retaliação à sua oposição ao governo de Agnelo.
Após o rompimento com o clã
Roriz, a deputada distrital trocou o PMN, comandado por Jaqueline, pelo
PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Ela disse que precisava alçar
voo próprio, mas ainda mantém contato com figuras que foram próximas à
família que a lançou na política.
Um
de seus principais assessores foi funcionário da ex-deputada Eurides
Brito, secretária de Educação de Roriz, flagrada escondendo dinheiro do
mensalão do DEM.Folha.
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