Tal como Nero, Berlusconi incendeia o tecido social na Caput Mundi, repetindo a história |
Depois da queda da
Grécia segue-se Roma, repetindo-se assim a história, agora com o Fim do
Império do Euro. Os investidores continuam a 'fugir' da dívida italiana,
face à instabilidade política no país. Berlusconi enfrenta hoje um
teste à sua liderança.
O juro
das obrigações italianas a dez anos está cada vez mais perto da marca
perigosa de 7%. A 'yield' atingiu hoje no mercado secundário um novo
máximo da era euro: 6,744%. Recorde-se que a Grécia e Irlanda pediram
resgate oito e 15 dias depois, respectivamente, de os juros passarem
acima dos 7% no mercado secundário.
A
oposição, com o apoio de membros de Executivo de Berlusconi que
abandonaram o barco, deve chumbar hoje no Parlamento, pela segunda vez, a
proposta de Orçamento rectificativo que contém as medidas de
austeridade que o país tem de implementar para sair de fora do radar dos
mercados. "O voto de algumas medidas de austeridade no Parlamento
italiano será crucial para o panorama político italiano e por reflexo
para a percepção que os mercados financeiros têm da capacidade deste
país equilibrar as contas públicas", comentam os analistas do BPI
afirmam no Diário de Bolsa.
A
escalada dos juros italianos obrigou o Banco Central Europeu (BCE) a
intensificar a compras de dívida soberana na primeira semana do italiano
Mario Draghi à frente da instituição, para um total de 9,52 mil milhões
de euros. Trata-se do valor mais elevado das últimas sete semanas e
mais do dobro do montante total desembolsado pelo BCE na semana anterior
(4 mil milhões de euros).
No A Máfia Portuguesa
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