Portal Terra
“A Congregação da Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo, integrada por
representantes de professores, alunos e funcionários, desaprovou a ação da
Polícia Militar no confronto com estudantes na noite da última quinta-feira. Para
eles, a intervenção da PM "extrapolou os propósitos originalmente
concebidos com o convênio" com a reitoria da USP.
O pronunciamento foi publicado no site da
faculdade após uma sessão extraordinária feita na segunda-feira, que discutiu a
detenção de três alunos por suposto porte de maconha, o confronto com a PM e a
posterior invasão do prédio de administração da FFLCH como forma de protesto. "As
reações de alunos, embora previsíveis, não teriam tido o desdobramento que
tiveram caso houvesse prevalecido o bom entendimento entre as partes
envolvidas, sem apelo à violência", defendeu a entidade. Eles criticaram
também o convênio da PM com a USP, dizendo que os termos são "vagos,
imprecisos e não preenchem as expectativas da comunidade uspiana por segurança
adequada".
A Congregação lembrou que "a
intervenção da PM ocorreu em um espaço social sensível à presença de forças
coercitivas, face ao histórico, ainda recente na memória coletiva da comunidade
acadêmica, de intervenções policiais violentas durante a ditadura
militar". Além disso, a entidade se propôs a fazer reuniões com a
administração da universidade para reavaliar o convênio firmado com a PM, a
discutir uma política interna de prevenção de drogas com a comunidade
acadêmica, e a fazer estudos para revisar regulamentos que disciplinam
processos administrativos movidos contra estudantes.”
Foto: Hermano Freitas /Terra
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