terça-feira, 8 de novembro de 2011

Willy estava a serviço de Serra


Gostaria de falar de outra coisa. Não me agrada voltar sempre à tecla de Wiliam Waack. O cara boa pinta, dono de 2 telejornais na rede Globo e que foi flagrado pelo Wikileaks informando o governo americano sobre quem era quem nas eleições do ano passado para a Presidência da República.
Informação furada, diga-se de passagem. Porque o pequeno Wiliam (pequeno em estatura moral) nas suas atividades de informante não tinha qualquer compromisso com a verdade do processo eleitoral de então. Saiu de embaixada em embaixada, as israelenses inclusive, dizendo que Serra ganharia as eleições e que Dilma era a mais fraquinha de todos os candidatos, sem chance nenhuma de vitória.
Não se pense que o pequeno Wiliam seja ingênuo ou desinformado. Não, cobra criada do jornalismo para-mercado da Globo e homem de relações muito próximas ao tucanato, de cujos próceres foi assessor, Willy, o informante, é amigo de todos os diplomatas que ocuparam embaixadas importantes do Brasil, mundo afora. Inclusive Abdenur ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos nos dourados anos de privatizações baratas do governo FHC.
Então por que cargas d’água Willy saiu por ai dizendo coisas que ele próprio sabia que não ocorreriam, como a vitória de José Serra ano passado? Willy dizia o contrário do que qualquer idiota nacional sabia porque o pequeno estava trabalhando para a candidatura Serra buscando influenciar ao Departamento de Estado norte-americano de que valeria a pena orientar as maiores multinacionais americanas com atuação no país despejar contribuições no candidato de seu grupo e da velha guarda fernandista do Itamaraty.
Podemos ir um pouco além. Não era só grana que movia Willy, mas a disposição de soprar ao ouvido do governo americano uma senha para que Obama não inflasse ainda mais a bolha Lula naquele momento, que parasse com aquele negócio de que ele, Lula, era “o cara”.
Com pouco mais de sorte Willy esperava que o governo americano desse um tranco em Dilma, como de fato acabou ocorrendo pouco tempo depois quando o governo americano expediu nota declarando Dilma como figura “anti-mercado” e Serra figura mais simpática às empresas americanas.
No mais, Willy atuou em linha com as grandes corporações do mundo financeiro, Citybank à frente, para que não vingasse o projeto que hoje se confirma de reduzir à paulada os juros altos, ganha pão de todos os canalhas que vivem do suor de gente honesta, como gosta de dizer Delfim Neto.
Tenho de, contra a vontade, voltar ao assunto Waack porque não me contentei com as declarações da Globo que em nota chamou-me de lunático e fantasista. Disse-o a emissora que vive justamente de criar fantasias, e que no interregno entre uma e outra julga poder empossar e derrubar presidentes ( vide Collor).
E o que faz a Justiça Federal para verificar o que fez de verdade o pequeno Willy, mesmo dispondo de documento confidenciais, tornados públicos pelo Wikileaks? Nada. Se se tratasse de um Zé Mané qualquer em débito com as Casas Bahia por certo lhe tirariam o guarda-roupa. Mas em se tratando agora do grande Wiliam Waack (grande em poder), amigo de gente com trânsito nas chancelarias e dono de espaços nacionais na mídia de valor inestimável, a reação é de dissimulado alheamento.
Ficará o grande Willy impune e empregado na renomada emissora nascida da costela de sua congênere norte- americana Time-Life. Mas definitivamente o seu rosto que dará feição à traição e à hipocrisia da emissora do capital financeiro.

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