Confirmando a mudança nas previsões, o Banco Central acaba de anunciar um corte de 0,75% na taxa Selic, o ´rincipal indexador da dívida pública brasileira e o balizador das taxas interbancárias, que vão formar – acrescidas de robustíssimos “spreads” - a ponta final do crédito ao consumo e à produção.
É a primeira vez, desde junho de 2009, que a taxa de juros brasileira cai abaixo dos 10%.
Poderia ter caído até 1%, mas há uma semana aqui já se explicava o que travou essa ousadia.
Neste mês, os jornais anunciavam a segunda queda seguida nos resultados trimestrais do PIB.
Ao contrário de agora que, mesmo moderadíssima, se registra expansão da economia e, também ao inverso de então, uma taxa de desemprego perto de caracterizar uma situação de plenitude no aproveitamento da força de trabalho.
Quem tiver memória se recordará que, naquela ocasião, Lula fazia campanha aberta pela redução dos juros bancário e, dentro dos limites institucionais, sobre o então presidente do BC, Henrique Meirelles, que mesmo com a explosão da crise mundial manteve por um longo tempo alta a taxa de juros interna, em nome do combate à inflação.
E a inflação, por sua vez, acumulava um índice não muito diferente (5% anuais), não muito diferente dos 5,7 ou 5,8% que, amanhã, com a divulgação do IPCA de fevereiro, teremos hoje para os últimos 12 meses.
Dá para perceber que, tal como ocorreu então, tudo está pronto para um novo ciclo de expansão da economia, um pouco menos exuberante que o de 2010 apenas porque a base de comparação, agora, não é negativa como foi a de 2009.
Não há nenhuma razão para duvidar de que temos diante de nós um período de expansão econômica.
Para desespero do pessoal da “roda presa” que não consegue pensar senão em crise.
Afinal, de crise em crise, eles ficaram ricos e o país, pobre.
Do Blog TIJOLAÇO.COM
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