Deputado do PSDB é acusado de racismo contra servidor
O deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) foi acusado nesta
quarta-feira de racismo praticado dentro do Congresso. A Polícia do
Senado vai investigar a ocorrência, que teve como alvo um servidor
público. O boletim de ocorrência informa que o Leréia chamou o policial
de pele negra de "macaco" e que mandou que ele "procurasse um pau para
subir", antes de se dirigir do plenário para o cafezinho dos senadores.
A ofensa, de acordo com o documento, começou quanto o policial, que
trabalha no Senado e não na Câmara, pediu ao deputado que se
identificasse. Irritado, Leréia respondeu que o servidor deveria saber
quem era ele ou que, então, "procurasse na Internet porque ele não iria
se identificar". E repetiu a sugestão de "procurar um pau para subir",
ofensa testemunhada de perto por dois senadores. Antonio Carlos
Valadares (PSB-SE) pediu ao policial que "não retornasse mais a falar
com o cidadão que se dizia deputado". "Foi feio, o segurança usou a
prerrogativa, mas ele não quis se identificar", lembrou Valadares. Já o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) entendeu que o policial falou com o deputado num tom elevado de voz e com o dedo em riste. "Eu teria dado voz de prisão" (contra o servidor), disse o senador peemedebista.
O boletim de ocorrência registra que não foi esse o primeiro
envolvimento de Carlos Alberto Leréia numa ocorrência no plenário do
Senado. Na ocasião anterior, ele teria mandado outro policial "tomar no
c...".
O deputado confirmou ter dito "vai catar um pau para subir" ao
funcionário. Mas negou tê-lo chamado de macaco e alega que não tem de se
identificar para entrar no plenário. "Ele queria que eu mostrasse a
identidade", protestou, dizendo que acha desnecessário até mesmo usar na
lapela o broche de parlamentar. "Não vou mostrar a identidade no
Congresso, se broche for a maneira de entrar aí (plenário), é só mandar
fazer (um broche). Radialista, Leréia disse que mandou seus advogados
entrarem com uma representação contra o policial. Já o diretor-geral da
Policia do Senado, Pedro Araujo, informa que, se confirmados, os fatos
constarão da representação que será encaminhada à corregedoria do
Senado, à qual compete pedir providências à corregedoria da Câmara dos
Deputados.
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Do Blog O Esquerdopata.
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