sábado, 3 de março de 2012

Globo esconde escândalo Carlinhos Cachoeira

Policiais vendidos, o governo de Goiás ocupado pelo crime e um senador mimado pelo bicheiro; nada disso é notícia no maior grupo de comunicação do País; apenas um registro no G1, uma matéria protocolar em Época e nenhuma fala no Jornal Nacional; o que aconteceria se os amigos do bicheiro fossem petistas? 
É, pelo jeito, o tal PIG existe mesmo
Os leitores que nos acompanham, à esquerda e à direita, sabem que não somos os melhores amigos do blogueiro Paulo Henrique Amorim, responsável pela difusão da expressão PIG – Partido da Imprensa Golpista. Alguns sabem até que ele nos processará por termos noticiado, em primeira mão, que o titular do Conversa Afiada irá pagar R$ 30 mil ao também jornalista Heraldo Pereira, a quem chamou de “negro de alma branca”.
Filosoficamente, não nos consideramos parte do PIG nem do que os representantes da “imprensa golpista” chamam de JEGs – Jornalistas da Esgotosfera Governista. Mas o fato é que, vez por outra, passamos a crer que o PIG realmente existe. Quer uma prova? O incrível silêncio das Organizações Globo, maior grupo de comunicação do País, sobre a Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Bom, de fato, há uma matéria no G1, portal de notícias da Globo. Mas é preciso ter lupa para encontrá-la. O texto remete para uma reportagem de Época, com título anódino: “As ligações de Carlinhos Cachoeira com políticos”. Políticos, como se vê, é uma expressão como outra qualquer. Poderia ser, por exemplo, baleias. Nenhuma preocupação em dar, no título da matéria, nome aos bois, indicando o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, do DEM. Será que seria assim se os amigos do peito do bicheiro fossem representantes da base governista ou, mais precisamente, do PT?
Temos nossas dúvidas. Na reportagem de Época, Demóstenes Torres é quase uma vítima do bicheiro, que o iludiu. "Pensei que ele havia abandonado a contravenção", disse ele (leia mais aqui). Marconi Perillo é outra vítima da quadrilha, embora tenha entregue a segurança pública - repita-se, a SEGURANÇA PÚBLICA - ao maior criminoso do estado.
O fato é que, em qualquer lugar do mundo, a descoberta de um esquema onde o maior mafioso de um estado, explorador de cassinos e caça-níqueis, nomeia os chefes da segurança pública, monta um esquema de espionagem e presenteia um senador moralista é notícia. Não dá para ignorar. O que explica esse comportamento? Será que o PIG existe mesmo?
No Brasil 247 
Aguardemos as próximas aparições de Patrícia Poeta.

Um comentário:

Luciano disse...

E ainda duvidava da existencia do PIG? Basta ver suas reporcagens!