Mino Carta, CartaCapital
A perfeita afinação entre a mídia nativa e o tucanato está à vista, escancarada, a ponto de sugerir uma conexão ideológica entre nossos peculiares social-democratas e os barões midiáticos e seus sabujos. A sugestão justifica-se, mas, a seu modo, é generosa demais. Indicaria a existência de ideias e ideais curtidos em uníssono, ao sabor de escolhas de vida orientadas no sentido do bem-comum. De fato, estamos é assistindo ao natural conluio entre herdeiros da casa-grande. -Nada de muito elaborado, entenda-se. Trata-se apenas de agir com a soberana prepotência do dono da terra e da senzala.
E no domingo 11 sou informado a respeito do
nascimento de uma TV Folha. Triunfa nas páginas 2 e 3 da Folha de S.Paulo a certidão do evento,
a prometer uma nova opção para as noites de domingo na tevê, com a jactanciosa
certeza de que no momento não há opções. E qual seria o canal do novo programa?
Ora, ora, o da Cultura. Ocorre que a tevê pública paulista acaba de oferecer
espaço não somente à Folha,
mas também a Estadão, Valor e Veja. Por enquanto, que eu saiba, só o jornal da família
Frias aproveitou a oportunidade, com pífios resultados, aliás, em termos de
audiência na noite de estreia.”
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