domingo, 6 de maio de 2012

O esquema Cachoeira e o governo Serra

06 mai (Copiado do site da Revista Isto É)

CPI e Ministério Público investigam como o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira atuou em São Paulo através de contratos da construtora Delta com a Prefeitura e o Estado em obras na marginal Tietê

Pedro Marcondes de Moura
img1.jpg
CONEXÃO
Em conversas telefônicas, Cachoeira (acima) fala sobre
contratos públicos em São Paulo nas gestões de Serra e Kassab
img.jpg
Os desdobramentos da Operação Monte Carlo, que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com governos estaduais e municipais, chegaram ao principal bunker da oposição: o Estado de São Paulo. Em Brasília, parlamentares que compõem a “CPI do Cachoeira” já tiveram acesso a conversas telefônicas gravadas com autorização judicial entre junho do ano passado e janeiro deste ano. Elas apontam que a construtora Delta, braço operacional e financeiro do grupo do contraventor, foi favorecida nas gestões de José Serra (PSDB) e de seu afilhado político Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura e também quando o tucano ocupou o governo do Estado. Em 31 de janeiro deste ano, por exemplo, Carlinhos Cachoeira telefona para Cláudio Abreu, o representante da empreiteira na região Centro-Oeste, atualmente preso sob a acusação de fraudar licitações e superfaturar obras. Na ligação (leia quadro na pág. 43), o bicheiro pergunta se Abreu teria conversado com Fernando Cavendish, oficialmente o dono da construtora, sobre “o negócio do Kassab”. Em seguida, diz a Abreu que o prefeito de São Paulo “triplicou o contrato”. Essa conversa, segundo membros da CPI e do Ministério Público de São Paulo, é um dos indícios de que a organização de Cachoeira também teria atuado com os tucanos e seus aliados em São Paulo. “Os depoimentos de Cachoeira e Abreu serão fundamentais para que se descubra o alcance das relações entre a empreiteira e políticos”, diz o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
A Delta começou a prestar serviços à capital paulista em 2005, quando Serra assumiu o comando do município. Inicialmente, os contratos somavam R$ 11 milhões. A partir de 2006, quando Serra deixou a prefeitura e venceu as eleições para governador, os negócios da empreiteira com o município se multiplicaram, em muitos casos sem licitação. Em 2010, ano em que o tucano disputou a Presidência, os repasses chegaram a R$ 36,4 milhões. Entre 2008 e 2011, os pagamentos da prefeitura para a Delta ultrapassaram R$ 167 milhões. O que chama mais a atenção da CPI e do Ministério Público de São Paulo, porém, é o fato de a Delta ter vencido em outubro do ano passado uma concorrência para limpeza urbana no valor de R$ 1,1 bilhão. O MP abriu um inquérito para apurar se houve fraude na licitação. Há suspeitas de uso de documentos falsos e de edital dirigido. “Se a Delta cometeu essas irregularidades em outros Estados e municípios, precisamos apurar se isso ocorreu também em São Paulo”, diz o promotor Silvio Marques, do Patrimônio Público. Na quarta-feira 2, ele encaminhou ofício à PF, solicitando acesso às investigações da Operação Monte Carlo.
img2.jpg
Entre a papelada, o promotor receberá a transcrição de uma conversa gravada com autorização judicial ocorrida em 4 de agosto do ano passado. No diálogo, a que ISTOÉ teve acesso, um homem identificado como Jorge pergunta para Gleyb Ferreira, segundo a PF uma espécie de “faz-tudo” de Cachoeira, sobre o edital de uma licitação. “E aí, evoluiu aquele negócio?”, pergunta Jorge. “Aguardamos estar com o edital hoje à tarde. O Carlinhos (Cachoeira) quer que a gente converse com o Heraldo (Puccini Neto, representante da Delta na região Sudeste). Já estamos conseguindo uma prorrogação com o secretário para o dia 31 ao invés do dia 15”, responde Gleyb. Para a PF, o diálogo se refere à concorrência de R$ 1,1 bilhão vencida pela empresa ligada ao bicheiro. O Ministério Público já apurou que foram necessários dois editais para a concorrência. No primeiro, a Delta foi desclassificada.
Se a Delta multiplicou seus contratos com a prefeitura entre 2005 e 2011, um movimento semelhante ocorreu com o governo de São Paulo, quando Serra chegou ao Palácio dos Bandeirantes em janeiro de 2007. Durante o mandato do tucano, a construtora recebeu R$ 664 milhões do governo paulista. O valor corresponde a 83% de todos os 27 convênios firmados pela Delta com o Estado de São Paulo na última década. A obra mais polêmica é a ampliação da Marginal Tietê, um dos cartões de visita da campanha presidencial de Serra em 2010. Além de inúmeros problemas, como atrasos e falta de compensação ambiental, o valor pago ao consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta, sofreu um reajuste de 75%. Na quarta-feira 2, o Ministério Público de São Paulo instaurou Inquérito Civil para apurar a existência de irregularidades na licitação, superfaturamento e conluio entre agentes públicos.
img5.jpg
ELE DE NOVO
Então diretor da Dersa, Paulo Preto, o polêmico arrecadador tucano em 2010,
foi o responsável por contratar a construtora Delta para obras viárias em São Paulo
Segundo documentos obtidos por ISTOÉ, a obra da Marginal era acompanhada dentro do governo de São Paulo por Delson José Amador e Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, que no PSDB é identificado como um dos arrecadadores das campanhas eleitorais de Serra. Tanto Paulo Preto como Amador são citados na Operação Castelo da Areia, da Polícia Federal, por suposto envolvimento com empreiteiras. Pelo lado da Delta, o responsável pelo gerenciamento da obra era o diretor da empreiteira para a região Sudeste, Heraldo Puccini Neto. Ele está foragido, após ter a prisão preventiva decretada por envolvimento em suposto esquema de fraude em licitações na área de transporte público do Distrito Federal. “A apuração sobre os contratos da Delta com o governo paulista pode levar ao caixa 2 dos tucanos em São Paulo”, afirma o deputado estadual João Paulo Rillo (PT). “Não podemos nos limitar a fazer uma análise política”, diz o líder tucano Álvaro Dias (PR). “Devemos checar todos os contratos da Delta para saber de que forma foram celebrados e se os preços praticados foram justos. Afinal, a empresa foi a principal patrocinadora da relação do bicheiro Cachoeira com os recursos públicos.”
img3.jpg
NOVO INQUÉRITO
O MP de São Paulo encontrou indícios de conluio entre agentes públicos e
a construtora Delta para fraudar licitacões em obras realizadas na capital
paulista. O promotor vai investigar contratos da gestão Kassab (abaixo)
img4.jpg
img6.jpg
Colaborou Claudio Dantas Sequeira 
 
Leave a comment Publicado por em 6 de maio de 2012 em Uncategorized
 

“Trem Ruim”: mais um programa de sucesso dos desgovernos Serra e Alckmin

Os tucanos são os reis do “xoque de jestão”, não são?
Está bem, o Aécio tb concorre a esse título, mas ainda é um aprendiz em relação a Serra e Alckmin.
O tal “xoque de jestão” tem produzido programas com resultados memoráveis, como: “Alaga São Paulo”, “Desaba São Paulo”, “A bolsa ouavida”, “Explode Coração”, “Pau nos Pobres”, entre muitos outros.
Na área de transportes, o “xoque de jestão” gerou os programas: “Vá a Pé”, “Sardinha em Lata”, e por aí vai.
Este blog se penitencia de falar muito pouco – ou quase nada – de um programa que é a menina dos olhos da dupla Serra-Alckmin.
Como se não bastasse o apagão do trânsito, que os paulistas e paulistanos têm que enfrentar diariamente, os desgovernos Serra e Alckmin, para deixar todo mundo feliz, criou o tal do “Trem Ruim”.
O programa “Trem Ruim” integra os péssimos serviços do Metrô-SP de da CPTM.
Segundo informações de fonte sigilosa, a meta dos desgovernos SerrAlcmin é atingir o ponto mostrado na imagem abaixo, para ficar no mesmo patamar da India e que tais.
Trem de passageiros na Índia: essa é a meta do “Trem Ruim” do Alckmin
Todos os dias ocorrem problemas que infernizam a vida dos cidadãos e cidadãs, que tentam trabalhar, estudar, se divertir condignamente.
Hoje (3/5/12), o Folha.com noticia mais um deles:
Explicação do problema: “de acordo com a CPTM, o problema ocorre devido a uma falha na subestação de energia da própria companhia, na região de Cidade Dutra, na zona sul de São Paulo.”
Complemento da matéria: “Na noite de ontem, um problema de energia já tinha interrompido a circulação de trens entre as estações Jurubatuba e Grajaú, por volta das 23h. A CPTM afirmou que equipes trabalharam durante a madrugada para restabelecer o fornecimento de energia, mas a falha voltou a ser registrada hoje. A causa ainda é desconhecida.”
Como se vê, o desgoverno de São Paulo, apesar do “xoque de jestão” não consegue dar choque na rede elétrica!
E o pior, não sabe a causa dessa falhas, que ocorrem há anos, cotidianamente.
Por enquanto, não há perspectivas de mudar o programa “Trem Ruim” para “Trem Bão”!!!
Abaixo, links de algumas matérias sobre o programa “Trem Ruim”, somente no mês de março de 2012.
Imaginem se fosse num governo do PT!:

Falha em trem causa atrasos em linha da CPTM em SP (26/4/12)

Falha em trem interrompe circulação em trecho da Linha 3 (24/4/12)

Usuários de trem em São Paulo são prejudicados por mais uma falha (16/4/12)

Trem da CPTM apresenta falha na Zona Leste de SP (13/4/12)

Trem do metrô é esvaziado após falha na zona norte de SP (5/4/12)

Passageiros depredam estações de trem em SP; polícia é acionada  (29/3/12)

 
4 Comments Publicado por em 3 de maio de 2012 em Uncategorized
 

Nenhum comentário: