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Candidato do PRB vira dono de bar ?sem gastar nada?.
O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, é sócio majoritário de um bar em Brasília sem ter gasto, segundo ele próprio, nenhum real.
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A aquisição do estabelecimento às margens do Lago Paranoá foi responsável pelo aumento de 100% de seu patrimônio entre 2010 e 2012 - passou de R$ 1,1 milhão para R$ 2,2 milhões, segundo declarações entregues ao Tribunal Superior Eleitoral.
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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Russomanno explicou assim sua participação no Bar do Alemão, o negócio que duplicou seus bens: "Ainda não coloquei dinheiro. Vou é administrar. O meu capital será integralizado conforme o passar dos anos e à medida que o dinheiro for entrando". O bar será inaugurado após a eleição. Russomanno não disse como conciliaria a "administração do bar" e a da cidade, caso seja eleito.
(...)
Eis a questão: Russomanno planeja ser prefeito só nas horas de folga da "administração" do badalado bar em Brasília?
Obviamente que não dá para acreditar nessa história. Está mal contada, para não dizer a origem real do dinheiro, de quem está bancando de fato o empreendimento; e por que razão Russomanno está recebendo dos sócios esta generosa participação, sem entrar com nenhum dinheiro próprio.
Se Russomanno tivesse entrado com dinheiro seu, de origem lícita, nada haveria a questionar. Mas a circunstância de estar sendo ajudado por sócios, em negócio de "pai para filho", chama atenção.
As pistas, que merecem aprofundamento, estão nos próximos parágrafos da reportagem do Estadão.
O bar tem capital social de R$ 4,2 milhões. O maior sócio é Russomano com R$ 1,1 milhão (sem ter colocado o dinheiro). Eis os outros sócios:
- Luna Gomes, filha do primeiro secretário da Câmara dos Deputados, Eduardo Gomes (PSDB-TO).
- Angelo Daldegan de Oliveira
- Hebert Steiner (empresário de Itu, da rede "Bar do Alemão")
- Yellowwood Consultoria
- Unialimentar Comércio e Serviços de Alimentos Ltda.
Causa curiosidade esta última empresa. Trata-se de um grupo de grande porte sediado em Jundiaí, especializado em cestas de alimentos, refeições industriais (que pode atender merenda escolar, hospitais, presídios), vale- refeição e vale-combustível.
Por que uma empresa com esse perfil se interessaria em ser sócia minotária na franquia de um bar em Brasília? Ainda mais em um negócio em que o maior sócio não entra com dinheiro.
E não adianta Russomanno reclamar, porque isso nada tem a ver com baixaria. Trata-se de explicações que todo homem público tem o dever de dar a população, com naturalidade, quando negócios esquisitos aparecem envolvendo seu nome.
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