NO MOMENTO EM QUE RETORNA AOS PALANQUES, LULA É ALVO DE UMA TENTATIVA DE
GOLPE PREVENTIVO. O RECADO QUE OS OPOSITORES TRANSMITEM É: “SE VOLTAR
LEVARÁ CHUMBO”. DIANTE DO ATAQUE ORGANIZADO, O EX-PRESIDENTE SÓ TEM UMA
ALTERNATIVA, QUE É LUTAR PARA NÃO SER DEVORADO PELOS ADVERSÁRIOS
16 de Setembro de 2012 às 19:25 - 247
– Personagem central da vida política brasileira nos últimos quarenta anos, Luiz Inácio Lula da Silva construiu sua trajetória na base da superação. Retirante, venceu a pobreza extrema. Sindicalista, desafiou a ditadura militar e organizou as greves do ABC. Candidato à presidência da República desde 1989, ele enfrentou a desconfiança generalizada das elites até finalmente chegar ao poder, em 2002. Na presidência, consagrou-se ao deixar o Palácio do Planalto com 70% de aprovação popular – inclusive da classe empresarial que, com Lula, enriqueceu. Depois disso, Lula passou a ser convidado a dar palestras em vários cantos do mundo, recebendo cachês jamais inferiores a U$S 100 mil. Lula estava, portanto, com a vida ganha. Continuava sendo o principal ator político do País e um homem, a cada dia, mais rico – e que, segundo muitos, poderia escolher se voltaria ao poder em 2014 ou 2018.
Neste fim de semana, no entanto, Lula teve um choque de realidade. E foi despertado para o fato de que nada, em sua trajetória, veio de graça. Com a reportagem de capa de Veja, o ex-presidente foi alvejado por um típico golpe preventivo. Como a oposição sabe que não poderá derrotá-lo nas urnas em 2014, 2018 ou mesmo depois, o campo de batalha passou ser outro: o tribunal sumário dos meios de comunicação. Como se sabe, Lula passou a ser acusado de ser o chefe supremo do mensalão, no momento em que alguns de seus companheiros estão prestes a ser condenados. Ainda que a consistência da acusação seja questionável (uma “entrevista” sem fita negada pelo entrevistado), o que os opositores dizem a Lula é bem simples: “se voltar levará chumbo”. E isso significa ser alvo de um processo judicial que o colocaria numa espécie de impedimento político. Assim, no Brasil, tal como começa a acontecer em outros países latino-americanos, a disputa política passaria a ser decidida no tapetão, à la paraguaia.
O jogo dos adversários já está claro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rege a orquestra sem perder a elegância, suas teses (como a da “herança pesada”) se espalham pelos meios de comunicação de corte mais conservador e José Serra range os dentes. De prontidão, talvez existam alguns procuradores dispostos a apresentar uma denúncia contra o ex-presidente Lula, ancorados na mais recente denúncia de Veja ou na delação de Roberto Jefferson – que passou a acusar Lula de ser o “mandante” do mensalão.
O que ainda não se sabe é como Lula irá reagir. Neste momento, ele começa a voltar aos palanques. Já esteve em Belo Horizonte e Salvador. Pediu aos militantes petistas que voltassem a vestir a camisa. Mas qual será sua estratégia de guerra – se é que há uma? Diante da ameaça de um processo, como Merval Pereira anunciou hoje em sua coluna no Globo, Lula pode decidir se apequenar e recolher-se à aposentadoria em São Bernardo do Campo. Em seguida, o alvo passaria a ser a presidente Dilma Rousseff.
Lula tem ainda a alternativa de sair da zona de conforto e voltar a ser o Luiz Inácio Lula da Silva da década de 80, que não apenas encantava multidões, mas também sabia confrontar seus adversários. Hoje, os personagens que querem destruir o lulismo são cada vez mais claros, como também foram aqueles que combateram outros governos trabalhistas na história do Brasil e da América Latina.
A luta levou Lula ao poder – e, depois, à glória. A covardia não reserva um bom futuro nem a ele, nem ao PT.
16 de Setembro de 2012 às 19:25 - 247
– Personagem central da vida política brasileira nos últimos quarenta anos, Luiz Inácio Lula da Silva construiu sua trajetória na base da superação. Retirante, venceu a pobreza extrema. Sindicalista, desafiou a ditadura militar e organizou as greves do ABC. Candidato à presidência da República desde 1989, ele enfrentou a desconfiança generalizada das elites até finalmente chegar ao poder, em 2002. Na presidência, consagrou-se ao deixar o Palácio do Planalto com 70% de aprovação popular – inclusive da classe empresarial que, com Lula, enriqueceu. Depois disso, Lula passou a ser convidado a dar palestras em vários cantos do mundo, recebendo cachês jamais inferiores a U$S 100 mil. Lula estava, portanto, com a vida ganha. Continuava sendo o principal ator político do País e um homem, a cada dia, mais rico – e que, segundo muitos, poderia escolher se voltaria ao poder em 2014 ou 2018.
Neste fim de semana, no entanto, Lula teve um choque de realidade. E foi despertado para o fato de que nada, em sua trajetória, veio de graça. Com a reportagem de capa de Veja, o ex-presidente foi alvejado por um típico golpe preventivo. Como a oposição sabe que não poderá derrotá-lo nas urnas em 2014, 2018 ou mesmo depois, o campo de batalha passou ser outro: o tribunal sumário dos meios de comunicação. Como se sabe, Lula passou a ser acusado de ser o chefe supremo do mensalão, no momento em que alguns de seus companheiros estão prestes a ser condenados. Ainda que a consistência da acusação seja questionável (uma “entrevista” sem fita negada pelo entrevistado), o que os opositores dizem a Lula é bem simples: “se voltar levará chumbo”. E isso significa ser alvo de um processo judicial que o colocaria numa espécie de impedimento político. Assim, no Brasil, tal como começa a acontecer em outros países latino-americanos, a disputa política passaria a ser decidida no tapetão, à la paraguaia.
O jogo dos adversários já está claro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rege a orquestra sem perder a elegância, suas teses (como a da “herança pesada”) se espalham pelos meios de comunicação de corte mais conservador e José Serra range os dentes. De prontidão, talvez existam alguns procuradores dispostos a apresentar uma denúncia contra o ex-presidente Lula, ancorados na mais recente denúncia de Veja ou na delação de Roberto Jefferson – que passou a acusar Lula de ser o “mandante” do mensalão.
O que ainda não se sabe é como Lula irá reagir. Neste momento, ele começa a voltar aos palanques. Já esteve em Belo Horizonte e Salvador. Pediu aos militantes petistas que voltassem a vestir a camisa. Mas qual será sua estratégia de guerra – se é que há uma? Diante da ameaça de um processo, como Merval Pereira anunciou hoje em sua coluna no Globo, Lula pode decidir se apequenar e recolher-se à aposentadoria em São Bernardo do Campo. Em seguida, o alvo passaria a ser a presidente Dilma Rousseff.
Lula tem ainda a alternativa de sair da zona de conforto e voltar a ser o Luiz Inácio Lula da Silva da década de 80, que não apenas encantava multidões, mas também sabia confrontar seus adversários. Hoje, os personagens que querem destruir o lulismo são cada vez mais claros, como também foram aqueles que combateram outros governos trabalhistas na história do Brasil e da América Latina.
A luta levou Lula ao poder – e, depois, à glória. A covardia não reserva um bom futuro nem a ele, nem ao PT.
Do Blog Brasil, mostra a tua cara.
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