Posted by eduguim on 15/12/12 • Categorized as Análise
O aspecto mais curioso da recém-divulgada pesquisa Ibope que apurou novo recorde de aprovação ao governo Dilma e à própria presidente nem é a ausência de efeitos dos ataques que o partido dela, seu mentor político e seu próprio governo vêm sofrendo por parte da imprensa oposicionista, mas as análises ridículas que essa imprensa está fazendo sobre o fato.
O colunista da Folha de São Paulo Fernando Rodrigues, por exemplo, produziu as piores – tanto em seu blog quanto em sua coluna naquele jornal. No blog, em franca agressão aos fatos e ao idioma, escreveu a seguinte “pérola”:
“O fato de o país estar a [sic] dois anos andando de lado na economia não tem sido, nem de longe, um fator importante para que os eleitores cogitem de [sic] deixar de dar apoio à presidente da República”
Barbaridade, tchê!
E se você acha ruim o português do rapaz, o raciocínio dele é bem pior. Ou seria o seu caráter? Particularmente, acho que é o caráter. Ele sabe muito bem que a economia não anda de lado coisa nenhuma. Muito pelo contrário: o que leva os brasileiros a aprovarem o governo com entusiasmo cada vez maior é justamente a economia.
No último domingo, no post A economia vai mal, mas o povo vai bem, expliquei o que está acontecendo. Por óbvio, a economia não vai mal, mas o povo vai bem, sim.
De setembro para outubro, as vendas do comércio varejista cresceram 0,8%. É o quinto mês seguido de alta, segundo o IBGE. E o que é mais: a expansão do número de operações de venda foi de 9,1% e o faturamento das empresas aumentou 13,9% sobre igual mês de 2011.
As vendas aumentaram em todos os setores, mas os destaques foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,7%), móveis e eletrodomésticos (13%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,6%), combustíveis e lubrificantes (11,5%) e artigos farmacêuticos (12,8%).
De acordo com o IBGE, o crescimento do consumo vem sendo impulsionado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa salarial e da estabilidade no emprego, inclusive com forte criação de postos de trabalho. E se o desemprego foi de 6% no ano passado, este ano deve ficar próximo a 5%.
A mídia, obviamente, destacou pontos da pesquisa Ibope em que políticas públicas sofreram piora de avaliação enquanto omitiu os pontos em que a satisfação aumentou, mas isso não importa tanto. O que mais chama atenção é o total desprezo da sociedade pela artilharia moralista da direita midiática contra Lula, PT e o governo.
A pesquisa nem fazia falta, pois a melhor pesquisa foi a das eleições municipais deste ano, nas quais o PT assumiu o posto de partido mais votado do país, com forte aumento do número de prefeituras administradas pelo partido. Mas é preciso que, a cada dois ou três meses, as sondagens do humor da opinião pública em relação ao governo sejam expostas para o golpismo destro midiático não se assanhar demais.
Aliás, vale registrar que, na ânsia de “explicar” por que sua campanha contra Dilma, Lula e o PT não funciona, a direita midiática vai recaindo no erro político que há anos – e não “a” anos, como prefere o iletrado da Folha lá em cima – insulta os brasileiros. Atribui aprovação de Dilma a burrice do eleitorado, que “não saberia avaliar” quão “ruim” é o governo.
Os quase 80% de bom e ótimo para Dilma ocorrem porque ninguém, fora dos 7% que a pesquisa diz que desaprovam a ela e ao seu governo, é suficientemente estúpido para acreditar que há mais corrupção no PT do que em qualquer outro partido, e porque todos sabem que a crise, que no Brasil quase não existe, é muito pior no resto do mundo.
Mas, como diz o título deste texto, é claro que o que mantém e até aumenta a popularidade de Dilma é a economia no que ela importa para a sociedade, que é na forma como influi em sua qualidade de vida. Alguém dirá que a qualidade de vida proporcionada por emprego e renda piorou? Se a economia não piorou, de onde a direita tira que “está andando de lado”?
Crescimento? Alguém se lembra durante quanto tempo a economia cresceu e a vida do povo não melhorava? Durante o “milagre econômico” da ditadura, a vida dos mais pobres piorou sobremaneira. A renda se concentrou como nunca, a favelização se espalhou pelos quatro cantos do país.
Entendam, reacionários midiáticos: economia só vai bem quando o povo tem mais emprego e renda. Mas se não querem entender, melhor. Assim vocês continuam com suas garras bem longe do poder.
As interpretações sobre a pesquisa que você está vendo na mídia, portanto, não passam de manifestação da verdadeira psicopatia dos barões midiáticos e de seus pistoleiros, que preferem tampar olhos e ouvidos e ficarem recitando mantras pseudo moralistas a refletirem que desrespeitar o povo também ajuda muito a desmoralizar a oposição.
Do Blog da Cidadania.
O aspecto mais curioso da recém-divulgada pesquisa Ibope que apurou novo recorde de aprovação ao governo Dilma e à própria presidente nem é a ausência de efeitos dos ataques que o partido dela, seu mentor político e seu próprio governo vêm sofrendo por parte da imprensa oposicionista, mas as análises ridículas que essa imprensa está fazendo sobre o fato.
O colunista da Folha de São Paulo Fernando Rodrigues, por exemplo, produziu as piores – tanto em seu blog quanto em sua coluna naquele jornal. No blog, em franca agressão aos fatos e ao idioma, escreveu a seguinte “pérola”:
“O fato de o país estar a [sic] dois anos andando de lado na economia não tem sido, nem de longe, um fator importante para que os eleitores cogitem de [sic] deixar de dar apoio à presidente da República”
Barbaridade, tchê!
E se você acha ruim o português do rapaz, o raciocínio dele é bem pior. Ou seria o seu caráter? Particularmente, acho que é o caráter. Ele sabe muito bem que a economia não anda de lado coisa nenhuma. Muito pelo contrário: o que leva os brasileiros a aprovarem o governo com entusiasmo cada vez maior é justamente a economia.
No último domingo, no post A economia vai mal, mas o povo vai bem, expliquei o que está acontecendo. Por óbvio, a economia não vai mal, mas o povo vai bem, sim.
De setembro para outubro, as vendas do comércio varejista cresceram 0,8%. É o quinto mês seguido de alta, segundo o IBGE. E o que é mais: a expansão do número de operações de venda foi de 9,1% e o faturamento das empresas aumentou 13,9% sobre igual mês de 2011.
As vendas aumentaram em todos os setores, mas os destaques foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,7%), móveis e eletrodomésticos (13%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,6%), combustíveis e lubrificantes (11,5%) e artigos farmacêuticos (12,8%).
De acordo com o IBGE, o crescimento do consumo vem sendo impulsionado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa salarial e da estabilidade no emprego, inclusive com forte criação de postos de trabalho. E se o desemprego foi de 6% no ano passado, este ano deve ficar próximo a 5%.
A mídia, obviamente, destacou pontos da pesquisa Ibope em que políticas públicas sofreram piora de avaliação enquanto omitiu os pontos em que a satisfação aumentou, mas isso não importa tanto. O que mais chama atenção é o total desprezo da sociedade pela artilharia moralista da direita midiática contra Lula, PT e o governo.
A pesquisa nem fazia falta, pois a melhor pesquisa foi a das eleições municipais deste ano, nas quais o PT assumiu o posto de partido mais votado do país, com forte aumento do número de prefeituras administradas pelo partido. Mas é preciso que, a cada dois ou três meses, as sondagens do humor da opinião pública em relação ao governo sejam expostas para o golpismo destro midiático não se assanhar demais.
Aliás, vale registrar que, na ânsia de “explicar” por que sua campanha contra Dilma, Lula e o PT não funciona, a direita midiática vai recaindo no erro político que há anos – e não “a” anos, como prefere o iletrado da Folha lá em cima – insulta os brasileiros. Atribui aprovação de Dilma a burrice do eleitorado, que “não saberia avaliar” quão “ruim” é o governo.
Os quase 80% de bom e ótimo para Dilma ocorrem porque ninguém, fora dos 7% que a pesquisa diz que desaprovam a ela e ao seu governo, é suficientemente estúpido para acreditar que há mais corrupção no PT do que em qualquer outro partido, e porque todos sabem que a crise, que no Brasil quase não existe, é muito pior no resto do mundo.
Mas, como diz o título deste texto, é claro que o que mantém e até aumenta a popularidade de Dilma é a economia no que ela importa para a sociedade, que é na forma como influi em sua qualidade de vida. Alguém dirá que a qualidade de vida proporcionada por emprego e renda piorou? Se a economia não piorou, de onde a direita tira que “está andando de lado”?
Crescimento? Alguém se lembra durante quanto tempo a economia cresceu e a vida do povo não melhorava? Durante o “milagre econômico” da ditadura, a vida dos mais pobres piorou sobremaneira. A renda se concentrou como nunca, a favelização se espalhou pelos quatro cantos do país.
Entendam, reacionários midiáticos: economia só vai bem quando o povo tem mais emprego e renda. Mas se não querem entender, melhor. Assim vocês continuam com suas garras bem longe do poder.
As interpretações sobre a pesquisa que você está vendo na mídia, portanto, não passam de manifestação da verdadeira psicopatia dos barões midiáticos e de seus pistoleiros, que preferem tampar olhos e ouvidos e ficarem recitando mantras pseudo moralistas a refletirem que desrespeitar o povo também ajuda muito a desmoralizar a oposição.
Do Blog da Cidadania.
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