Da Wikipedia
“Credit Suisse Group é um banco suíço de investimentos sediado em Zurique, Suíça (…) Em 1998, o Banco de Investimentos [brasileiro] Garantia
S.A. foi adquirido pelo Credit Suisse First Boston – um dos líderes
entre os bancos de investimentos, estabelecido no Brasil desde 1990, com
foco em operações de Investment Banking
– e passou a ser denominado Banco de Investimentos Credit Suisse First
Boston Garantia S.A. (CSFB). Em 16 de janeiro de 2006, as operações
globais do Credit Suisse foram unificadas sob uma mesma marca, e a razão
social do CSFB passou a ser Banco de Investimentos Credit Suisse
(Brasil) S.A. Em dezembro de 2008, o Credit Suisse foi classificado pela
Fitch Ratings com os mais altos ratings obtidos por instituições
financeiras no Brasil (…)”
Recentemente, o Blog recebeu de fonte do mercado financeiro que
prefere não se identificar um relatório curioso do banco suíço Credit
Suisse – instituição cujas operações no Brasil estão explicadas no
trecho de sua página na Wikipedia reproduzido acima. Esse relatório tem
sido enviado a investidores.O documento de 86 páginas é datado de 2 de setembro último e, segundo diz no preâmbulo, propõe-se a “Traçar um panorama do cenário político do Brasil, com ênfase nos aspectos institucionais das eleições e nas perspectivas para os resultados que sairão das urnas em outubro. O objetivo é guiar o leitor no processo eleitoral”.
Em princípio, parece difícil entender por que razão um banco de investimentos se daria a “guiar o eleitor no processo eleitoral”. Seria qualquer “eleitor” ou só os que mantêm negócios com a instituição? Como o banco alega que seu relatório se destina “ao eleitor”, se for verdade exclui quem não vota no Brasil, ou seja, seus controladores ou gestores estrangeiros.
Nota que figura ao pé de cada uma das 86 páginas do documento responde (?) às questões levantadas no parágrafo anterior.
“Este boletim foi preparado pelo
Credit Suisse, em seu nome e em nome das empresas ligadas ao grupo
Credit Suisse é distribuído a título gratuito, com a finalidade única de
prestar informações ao mercado em geral. Apesar de ter sido tomado todo
o cuidado necessário de forma a assegurar que as informações aqui
prestadas reflitam com precisão informações no momento em que as mesmas
foram colhidas, a precisão e exatidão de tais informações não são por
qualquer forma garantidas e o Banco por elas não se responsabiliza. Este
boletim é fornecido apenas para a informação de investidores
profissionais, os quais, entende-se, deverão tomar suas próprias
decisões de investimento,
sem se basear neste boletim, não aceitando o Banco responsabilidade, de
qualquer natureza, por perdas direta ou indiretamente derivadas do uso
deste boletim ou do seu conteúdo. Este boletim não pode ser reproduzido,
distribuído ou publicado por qualquer pessoa, para quaisquer fins”
Seja como for, o documento é um dos mais completos compêndios sobre a
política brasileira publicado recentemente. Atualizadíssimo, além de
explicar o funcionamento do nosso sistema político, também pretende
explicar o “perfil ideológico” de nosso povo.Para tanto, o Credit Suisse usa dados do Tribunal Superior Eleitoral sobre o eleitorado brasileiro e uma pesquisa do instituto Datafolha de outubro de 2013 sobre o “perfil ideológico” desse eleitorado.
Confira, abaixo, o trecho do relatório do Credit Suisse que trata da ideologia de nosso povo.
Esse “perfil ideológico” apurado pelo Datafolha não teve muita divulgação mesmo na Folha de São Paulo, dona do instituto de pesquisa. Mas permite tirar uma conclusão importantíssima sobre o eleitorado brasileiro: é de direita nos costumes, mas de esquerda na economia. Tal fato explica muita coisa tanto sobre esta eleição quanto sobre as anteriores.
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Para baixar a versão integral (em PDF) do “panorama político e ideológico” do Credit Suisse, clique aquiDo Blog da Cidadania.
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