22.set.2014 - Candidata à reeleição
para a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), concedeu
entrevista neste final de semana ao programa Bom Dia Brasil, da Rede
Globo, e disse que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo
Roberto Costa, 'tinha as credenciais' para ser nomeado. Costa está
envolvido em investigações sobre a operação de um esquema de corrupção
que desviava recursos da empresas e que teria sido direcionado a
partidos e políticos. A entrevista foi realizada dentro do Palácio do
Planalto, em Brasília, e foi veiculada na manhã desta segunda-feira (22)
Ichiro Guerra/Divulgação
SOBRE A RELAÇÃO DO DELATOR PAULO ROBERTO COSTA E O ENTREGUISTA / PRIVATISTA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Questionada sobre os critérios que levaram à nomeação de Costa como
diretor da estatal, Dilma disse que ele era funcionário de carreira e
que tinha as credenciais necessárias à nomeação. "O senhor Paulo Roberto
Costa tinha credenciais para ser escolhido diretor e é isso que eu
estou tentando falar", disse. Na época em que Costa atuou como diretor
da Petrobras, Dilma presidia o conselho de administração da estatal.
Dilma lembrou que Costa havia sido diretor da Gaspetro, uma
subsidiária da estatal durante o governo de Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002) e também já havia sido diretor da área de exploração e
prospecção da estatal.
Dilma disse ainda que se sentiu surpresa em relação às denúncias de
corrupção envolvendo o ex-diretor. "A descoberta de que ele fez isso é
uma surpresa porque eu, como quase todos os brasileiros, acredito que os
funcionários de carreira, funcionários com 30 anos de carreira, são
pessoas preparadas", disse.
SOBRE A CANDIDATA DO ITAÚ E DOS USINEIROS
Em outro trecho da entrevista, Dilma negou que esteja usando 'tática
do medo' ao se referir às propostas feitas por sua adversária, Marina
Silva (PSB), no programa eleitoral gratuito. "Tudo que eu falo sobre a
candidata Marina está no programa dela", disse.
Dilma criticou a proposta de independência do Banco Central, feita
por Marina, e disse que a redução do papel dos bancos públicos na
economia poderia diminuir o financiamento de obras como as do programa
Minha Casa,
Minha Vida. "O governo coloca subsídio entre 90% e 95% (no Minha Casa,
Minha Vida). Passa isso para banco privado e nunca esse País vai ver uma
casa para os mais pobres", afirmou a candidata.
Dilma subiu o tom ao falar de Marina e disse que a candidata do PSB
está alinhada com o setor financeiro. "Ela tem um alinhamento claro, ela
tem uma posição favorável aos bancos, eu não tenho".
FONTE: UOL
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