Agência Lusa / Abr
‘No contexto de incerteza que domina a
atual crise econômico-financeira internacional, a América Latina foi
identificada como um “oásis” de estabilidade, crescimento e oportunidades
durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que terminou no último
sábado (29).
O pessimismo justifica-se com a falta de
soluções para o problema da dívida soberana da zona do euro, a lentidão de
recuperação dos Estados Unidos e a desaceleração do crescimento dos países
emergentes, enquanto o otimismo aumenta do lado dos países latino-americanos,
como adianta a agência de notícias espanhola EFE.
Presidentes e ministros dessa região do
globo tiveram de cumprir agendas bastante apertadas, devido às reuniões
sucessivas com responsáveis de multinacionais e de grandes empresas.
“Francamente, não tivemos tempo para mais nada, a não ser reuniões, receber
empresários e investidores interessados nos setores mineral e energético da
Colômbia”, comentou à EFE o ministro colombiano da Energia e Minas, Mauricio
Cárdenas.
Nesse sentido, esta edição de Davos foi
bastante diferente das anteriores, em que o “apetite” estava direcionado para
os grandes países emergentes, em particular China e Índia que, este ano, assumiram
mais nitidamente o seu novo papel de países investidores também à procura de
oportunidades de negócio na América Latina.
Os governos tentam igualmente aproveitar o
Fórum de Davos para ajudar as suas empresas a fazer negócios no estrangeiro,
caso do ministro das Relações Exteriores da Austrália, Kevin Rudd, que esteve
reunido com o chanceler peruano, Rafael Roncagliolo. “A razão dessa reunião é
porque olhamos para a América como um pilar sólido de crescimento econômico
global nas próximas décadas e queremos estreitar relações agora”, explicou
Rudd.
Segundo vários políticos e empresários, ao
contrário do que acontecia no ano passado, o interesse na América Latina
permite aos investidores escolher os investimentos que melhor correspondem aos
critérios de responsabilidade ecológica e social dos seus governos,
particularmente na indústria de minérios e de recursos não renováveis.”
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