Manifestantes são retirados pela polícia e 200 foram detidos; protestos retomam de noite
VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK
Após quase dois meses de ocupação, os manifestantes do "Ocupe Wall Street" foram retirados à força do Zuccotti Park, praça que ocupavam ao lado do centro financeiro de Nova York.
O movimento serviu de inspiração para ativistas em diversas cidades do mundo.
Os policiais começaram a retirar manifestantes por volta das 2h (5h em Brasília). Segundo o prefeito Michael Bloomberg, a ação policial ocorreu durante a madrugada para diminuir o risco de confrontos. Estimativas apontam que cerca de 200 pessoas foram detidas.
Ao menos quatro jornalistas que cobriam o despejo foram detidos. Relato de repórter do "Wall Street Journal" aponta que os profissionais foram algemados. Até o final da tarde de ontem, a polícia não forneceu balanço da operação, pois dizia que a ação "ainda estava em curso".
Bloomberg afirmou que a desocupação ocorreu a pedido da Brookfield's, proprietária do parque, para que a área pudesse ser limpa.
"Desde o início, disse que a cidade tinha dois objetivos: garantir a saúde e a segurança públicas e garantir os direitos dos manifestantes [...]. Quando as metas entram em choque, saúde e segurança do público devem ser prioridade."
Há algumas semanas, a polícia já havia confiscado geradores usados pelos manifestantes. Segundo os agentes, havia risco de incêndio.
No início da noite de ontem, a polícia reabriu o parque, que permaneceu fechado e cercado por policiais durante todo o dia.
A abertura, porém, ocorreu só depois que o juiz Michael Stallman determinou que os protestos poderiam continuar, mas sem a ocupação com barracas e sacos de dormir.
Os ativistas convocaram apoiadores para reocupar o parque, mas até a noite de ontem não conseguiram recolocar as barracas.
Segundo os manifestantes, houve violência policial durante a madrugada. "A ação foi nojenta. Muitas pessoas se machucaram enquanto eram arrastadas", disse o ativista Brett Chamberlin, 20.
Os manifestantes organizaram protestos contra a desocupação e articulam uma "ação global" para amanhã, dia em que o movimento completa dois meses.
Michael Nagle/Getty Images/France Presse | ||
Centenas de pessoas retomam protestos no parque Zucotti, na noite de ontem em Nova York, sob forte cerco da polícia |
DE NOVA YORK
Após quase dois meses de ocupação, os manifestantes do "Ocupe Wall Street" foram retirados à força do Zuccotti Park, praça que ocupavam ao lado do centro financeiro de Nova York.
O movimento serviu de inspiração para ativistas em diversas cidades do mundo.
Os policiais começaram a retirar manifestantes por volta das 2h (5h em Brasília). Segundo o prefeito Michael Bloomberg, a ação policial ocorreu durante a madrugada para diminuir o risco de confrontos. Estimativas apontam que cerca de 200 pessoas foram detidas.
Ao menos quatro jornalistas que cobriam o despejo foram detidos. Relato de repórter do "Wall Street Journal" aponta que os profissionais foram algemados. Até o final da tarde de ontem, a polícia não forneceu balanço da operação, pois dizia que a ação "ainda estava em curso".
Bloomberg afirmou que a desocupação ocorreu a pedido da Brookfield's, proprietária do parque, para que a área pudesse ser limpa.
"Desde o início, disse que a cidade tinha dois objetivos: garantir a saúde e a segurança públicas e garantir os direitos dos manifestantes [...]. Quando as metas entram em choque, saúde e segurança do público devem ser prioridade."
Há algumas semanas, a polícia já havia confiscado geradores usados pelos manifestantes. Segundo os agentes, havia risco de incêndio.
No início da noite de ontem, a polícia reabriu o parque, que permaneceu fechado e cercado por policiais durante todo o dia.
A abertura, porém, ocorreu só depois que o juiz Michael Stallman determinou que os protestos poderiam continuar, mas sem a ocupação com barracas e sacos de dormir.
Os ativistas convocaram apoiadores para reocupar o parque, mas até a noite de ontem não conseguiram recolocar as barracas.
Segundo os manifestantes, houve violência policial durante a madrugada. "A ação foi nojenta. Muitas pessoas se machucaram enquanto eram arrastadas", disse o ativista Brett Chamberlin, 20.
Os manifestantes organizaram protestos contra a desocupação e articulam uma "ação global" para amanhã, dia em que o movimento completa dois meses.
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