Alana
Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Liminar
concedida pelo juiz Vlamir Costa Magalhães, da 4ª Vara Federal Criminal,
no Rio de Janeiro, impede a saída do país de 17 executivos e
profissionais da Chevron Brasil e da Transocean Brasil, sem que haja
autorização judicial. Entre os nomes está o do presidente da Chevron
Brasil Petróleo, George Raymond Buck III, de origem americana. A decisão
atende a pedido do procurador da República em Campos, Eduardo Santos de
Oliveira. Na próxima semana, informou a assessoria de imprensa do
Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, os 17 executivos e
profissionais ligados à companhia petrolífera serão denunciados à
Justiça e processados. Eles terão que entregar os passaportes em Campos.
Segundo o MPF, isso é importante para que eles respondam ao processo no
Brasil. A Polícia Federal já foi comunicada. A decisão do juiz Vlamir
Magalhães foi tomada com base em investigação que apura eventual crime
cometido pela empresa contra o meio ambiente, em decorrência de
vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, em novembro do
ano passado. Esta semana, a Chevron comunicou a descoberta de nova
mancha de óleo na mesma região. A assessoria de imprensa da Chevron
informou que, oficialmente, a companhia ainda não foi comunicada da
decisão do juiz. A petroleira norte-americana já enfrenta ação civil
pública movida pelo MPF em Campos. A indenização pedida pelos danos
ambientais e sociais causados pelo vazamento de óleo em novembro de 2011
alcança R$ 20 bilhões.
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