Demóstenes vira vidraça no DEM por ligação sigilosa com Carlinhos Cachoeira
Veja só: Carlinhos Cachoeira resolveu
habilitar 15 rádios Nextel em Miami porque “arapongas lhe asseguraram
que, assim, eles(Cachoeira, Demóstenes Torres e mais 14
meliantes) escapariam de grampos telefônicos.Isso sim é que é uma
verdadeira organização criminosa.Curioso é que o JN terceirizou a
revista Época, com muito menos penetração na sociedade, para divulgar os
nalfeitos de Cachoeira e Demóstenes Torres e afins.
A notícia de que o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira,
habilitou em Miami 15 aparelhos de rádio, da marca Nextel, e os
distribuiu entre pessoas de sua mais estrita confiança, sendo uma delas o
senador Demóstenes Torres (DEM-GO), servirá de
base para a instalação de um processo disciplinar contra o parlamentar
da ultradireita, que poderá terminar expulso da legenda, a exemplo do
ex-governador de Brasília José Roberto Arruda, que caiu após o Escândalo dos Panettones. Documento da 11ª Vara da Justiça Federal, em Goiás, vazado para a revista Época, que integra o conjunto de veículos de comunicação da Rede Globo, revela que o propósito de Cachoeira,
segundo a Polícia Federal, era evitar que escutas telefônicas, legais
ou ilegais, captassem suas conversas com os comandantes de uma rede de
exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de
Brasília.
Nos relatórios da investigação, o grupo contemplado com os rádios é
chamado de “14 + 1”. Entre os 14, há foragidos e os que foram presos com
Carlinhos Cachoeira durante a Operação Monte Carlo, da PF. O “1” é o
senador Demóstenes Torres, diz a revista.
Conversa reservada
A revista também ouviu o senador Demóstenes, em seu gabinete no Senado.
“Ele estava acompanhado de seu advogado Antonio Carlos Almeida Castro, o
Kakay. Indagado se havia recebido um aparelho de rádio para conversas
exclusivas com Cachoeira, Demóstenes pediu licença para ter uma conversa
reservada com seu advogado antes de responder à pergunta. Cinco minutos
depois, disse à reportagem que, por recomendação do advogado, não faria
declarações sobre o assunto. A interlocutores, no entanto, o senador
goiano confirmou que recebeu o aparelho de Cachoeira, que foi usado
exclusivamente em conversas entre os dois. Segundo Demóstenes, nos quase
300 diálogos com Cachoeira, gravados pela Polícia Federal com ordem
judicial, não há nada que o comprometa”, afirma o texto da reportagem.
“São conversas entre amigos, só há trivialidades”, teria dito o parlamentar aos repórteres.
Tais escutas permitiram que os investigadores descobrissem que Cachoeira
deu a Demóstenes uma geladeira e um fogão importados como presente de
casamento, dos quais o líder do DEM no Senado não pretende abrir mão.
Segundo a investigação, Carlinhos Cachoeira resolveu habilitar os 15
rádios Nextel em Miami porque “arapongas lhe asseguraram que, assim,
eles escapariam de grampos telefônicos. Segundo o Ministério Público
Federal, Cachoeira seguiu orientação do delegado da Polícia Federal
Fernando Byron e do ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de
Araújo, o Dadá, também presos na Operação Monte Carlo”, acrescenta a
reportagem.
“Para azar deles e sorte da sociedade, a Polícia Federal conseguiu
realizar a interceptação telefônica. E isso mudou todo o rumo da
investigação”, afirmou o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, na
decisão judicial que autorizou a operação Monte Carlo, na qual Demóstenes foi flagrado.Correio do Brasil
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