Na moita, Gurgel tenta se livrar da sua armadilha
Brasil 247
Em memorial secreto enviado aos ministros do STF, ele tenta provar
que sua prova testemunhal contra José Dirceu foi confirmada nos autos; o
problema é que, na sustentação oral do advogado Luiz Francisco Barbosa,
a testemunha Roberto Jefferson mudou o depoimento e passou a culpar o
ex-presidente Lula; Gurgel ficou num beco sem saída
Roberto Jefferson deu mesmo um nó na cabeça da procurador-geral da
República, Roberto Gurgel. Alvo de críticas na Polícia Federal, no
Ministério Público e mesmo no Supremo Tribunal Federal por ter
apresentado uma denúncia fraca, ancorada apenas em provas testemunhais
na acusação contra o “chefe da quadrilha” José Dirceu, Roberto Gurgel
tentou sair da defensiva. Segundo noticia o portal Uol (leia mais aqui),
ele enviou ontem aos 11 ministros do STF um novo memorial afirmando que
há documentos que comprovam a participação de Dirceu no mensalão.
Ora, se há documentos, eles deveriam ter sido apresentados na denúncia
original. E foi o próprio Gurgel quem, na sustentação oral de sua
denúncia, no dia 3 de agosto, afirmou que, em crimes de quadrilha, a
prova testemunha vale tanto quanto a documental. O problema é que sua
prova testemunhal mudou o testemunho. Roberto Jefferson, que antes
acusava José Dirceu de ser o “chefe da quadrilha”, passou a dizer que
esse papel era exercido pelo ex-presidente Lula, quando seu advogado,
Luiz Francisco Barbosa, teve a oportunidade de falar diante dos
ministros do STF. Ou seja: se a palavra da testemunha tem valor, a
obrigação de Gurgel é investigar Lula. Se não tem, o procurador-geral
deveria rever sua posição em relação aos outros réus.
Pelo andar da carruagem, ele fará de tudo para condenar Dirceu, sem
provas materiais nem testemunhais (uma vez que a testemunha mudou sua
versão), apenas porque não tem coragem de enfrentar o ex-presidente
Lula.
Gurgel está num beco sem saída.
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Do Blog O Esquerdopata.
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