sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Guido aposta no road-show e quer ficar até o fim



Do Blog do Kotscho - Publicado em 14/02/13 às 15h35 

 


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Ricardo Kotscho


Ao completar dez anos no governo federal, o ministro  da Fazenda Guido Mantega faz planos para ficar até o final do governo de Dilma Rousseff e nem passa pela sua cabeça a ideia de deixar o cargo para ser candidato a governador de São Paulo, como alguns jornais andaram especulando.

Guido já está na Fazenda há sete anos (antes, foi ministro do Planejamento e presidente do BNDES) e tem pela frente agora o seu maior desafio: fazer a economia brasileira voltar a crescer entre 3,5% e 4% este ano, como é o desejo de Dilma, um trunfo fundamental para a campanha da presidente à reeleição.

No próximo ano, se tudo der certo, Guido baterá o recorde de permanência no Ministério da Fazenda, atualmente de Pedro Malan, que ficou no cargo durante os oito anos do governo FHC.

Para alcançar este objetivo, a grande aposta do ministro agora é o road-show planejado pelas principais capitais mundiais para "vender o Brasil", e atrair novos investimentos estrangeiros, que no ano passado chegaram a US$ 60 bilhões. Em Moscou, onde está no momento participando da reunião do G-20, ele já começou este trabalho.

As medidas tomadas para baixar juros, impostos, tarifas de energia e folhas de pagamento do governo e das empresas, o chamado "custo Brasil", serão os principais argumentos usados por Guido Mantega para atrair investidores, em especial para as áreas de infra-estrutura.

Outros trunfos do ministro serão o equilíbrio das contas públicas, as mudanças no regime de concessões e o aumento da corrente de comércio exterior. Quando Guido assumiu a Fazenda, esta corrente, que soma importações e exportações, era de US$ 100 bilhões. Agora, já ultrapassou os US$ 500 bilhões.

Se Guido Mantega está com este pique todo e vontade de ir até o final do governo, e a presidente Dilma também quer que ele fique, podem tirar o cavalinho da chuva os especuladores que jogam na troca do ministro da Fazenda.

Dilma é Guido e não abre - e  vice-versa.
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