Do Brasil 247 - 13 de Maio de 2013 às 21:55
Em debate no lançamento do livro "10 anos de
governos pós-neoliberais no Brasil – Lula e Dilma", ex-presidente avisa:
"Pode ficar certo que eu vou estar participando das eleições, sou cabo
eleitoral, estarei nas ruas 24 horas por dia"; durante o evento, Lula
disse que o maior legado que deixou não foi nenhum dos programas sociais
de êxito, mas sim ter mostrado que é possível "governar de forma
republicana sem aqueles que me odiavam"
Ao discursar, Lula disse que o maior legado que deixou não foi nenhum dos programas sociais de êxito, mas sim ter mostrado que é possível "governar de forma republicana sem aqueles que me odiavam". Para o ex-presidente, "o Palácio, que até então era para reis e rainhas, banqueiros e grandes empresários, continuou sendo. Mas com uma diferença: é que lá entravam também os índios, os hansenianos, os moradores de rua, os favelados, fazendo com que, pela primeira vez, aquela fosse uma casa de todos e não apenas de uma parcela da população brasileira".
O lançamento do livro contou com um debate entre o economista Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, a filósofa Marilena Chauí e o sociólogo e organizador do livro, Emir Sader. Durante o debate, Lula lembrou das 74 conferências nacionais que fez, "sobre todos os temas que vocês possam imaginar. E eu ia lá para ouvir mais do que falar".
Sobre as críticas que recebeu desde o início de seu governo, o ex-presidente foi direto: "Eu tinha consciência que meu problema com parte da elite política desse país e da elite da imprensa brasileira era meu sucesso. Se eu fracassasse, eles falariam bem de mim: 'coitadinho do operário. Coitadinho chegou lá, mas não tem culpa, não tava preparado, não fez nossa escola'."
Mudanças
Pochmann destacou de mudanças estruturais pelas quais o Brasil passou e fez um mea-culpa em nome dos economistas, que apostaram durante décadas que era preciso primeiro crescer para depois dividir o bolo. "Em 1980, o Brasil era a oitava economia do mundo, enquanto um em cada dois brasileiros vivia em condição de miséria", lembrou. "No ano 2000, já tínhamos caído para a 13ª posição entre as maiores economias do mundo, atrás do México na América Latina, tínhamos 11 milhões de desempregados", completou, lembrando que o Brasil vive situação próxima ao pleno emprego atualmente.
Com Instituto Lula
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