terça-feira, 14 de maio de 2013

Lula: "Em 2014, estarei nas ruas 24 horas por dia"

Do Brasil 247 - 13 de Maio de 2013 às 21:55

 

William Volcov: SÃO PAULO, SP, 13.05.2013: LIVRO/DEBATE/PT -  O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de debate que marca o lançamento do livro “10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma”, sendo uma reflexão é feita em 21 ensaios de intelect
Em debate no lançamento do livro "10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil – Lula e Dilma", ex-presidente avisa: "Pode ficar certo que eu vou estar participando das eleições, sou cabo eleitoral, estarei nas ruas 24 horas por dia"; durante o evento, Lula disse que o maior legado que deixou não foi nenhum dos programas sociais de êxito, mas sim ter mostrado que é possível "governar de forma republicana sem aqueles que me odiavam"

247 -  O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta segunda-feira do debate de lançamento do livro "10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil – Lula e Dilma", quando prometeu participar ativamente da eleição de 2014. "Pode ficar certo que eu vou estar participando das eleições, sou cabo eleitoral, estarei nas ruas 24 horas por dia", disse.

Ao discursar, Lula disse que o maior legado que deixou não foi nenhum dos programas sociais de êxito, mas sim ter mostrado que é possível "governar de forma republicana sem aqueles que me odiavam". Para o ex-presidente, "o Palácio, que até então era para reis e rainhas, banqueiros e grandes empresários, continuou sendo. Mas com uma diferença: é que lá entravam também os índios, os hansenianos, os moradores de rua, os favelados, fazendo com que, pela primeira vez, aquela fosse uma casa de todos e não apenas de uma parcela da população brasileira".

O lançamento do livro contou com um debate entre o economista Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, a filósofa Marilena Chauí e o sociólogo e organizador do livro, Emir Sader. Durante o debate, Lula lembrou das 74 conferências nacionais que fez, "sobre todos os temas que vocês possam imaginar. E eu ia lá para ouvir mais do que falar".

Sobre as críticas que recebeu desde o início de seu governo, o ex-presidente foi direto: "Eu tinha consciência que meu problema com parte da elite política desse país e da elite da imprensa brasileira era meu sucesso. Se eu fracassasse, eles falariam bem de mim: 'coitadinho do operário. Coitadinho chegou lá, mas não tem culpa, não tava preparado, não fez nossa escola'."

Mudanças

Pochmann destacou de mudanças estruturais pelas quais o Brasil passou e fez um mea-culpa em nome dos economistas, que apostaram durante décadas que era preciso primeiro crescer para depois dividir o bolo. "Em 1980, o Brasil era a oitava economia do mundo, enquanto um em cada dois brasileiros vivia em condição de miséria", lembrou. "No ano 2000, já tínhamos caído para a 13ª posição entre as maiores economias do mundo, atrás do México na América Latina, tínhamos 11 milhões de desempregados", completou, lembrando que o Brasil vive situação próxima ao pleno emprego atualmente.

Com Instituto Lula
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