segunda-feira, 8 de julho de 2013

Greve geral, idiotice ampla. Paulinho da Força: a situação está ruim? Vamos piorar, então.

"Jogar gasolina na fogueira, como provavelmente ocorrerá na quinta-feira, é apostar no "quanto pior, melhor".
E essa aposta interessa apenas às forças que lutam não a favor, mas contra a democracia, não a favor, mas contra os direitos dos trabalhadores.
Acreditar no que fala o deputado Paulinho é dar força aos mais abjetos seres políticos existentes no país - esses que fazem de seu trabalho, um dos mais importantes da República, um balcão de negócios aberto dia e noite."
Paulinho da Força: a situação está ruim? Vamos piorar, então.
Greve geral, idiotice ampla
Crônicas do Motta - 08/07/2013

Não sei de quem foi a ideia, nem se ela tem algum pai - ou mãe.

Mas essa tal de "greve geral" marcada pelas centrais sindicais para o dia 11, quinta-feira, "em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores", como diz a Força Sindical, a principal articuladora dos protestos, não poderia vir em pior hora.

Dá até para entender que a Força Sindical e outras centrais menores se assanhem com essas manifestações.

A Força sempre foi isso aí, uma organização que tem dono faz tempo, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que sobrevive politicamente graças ao seu eterno cargo de presidente da central, e de um impressionante vai e vem ideológico, rifando seu apoio aos governos de ocasião com uma desenvoltura digna dos vertebrados mais flexíveis.

As pequenas centrais, umas ligadas à esquerda infantilóide e outras descaradamente pelegas, nem contam, pela própria insignificância - se não fosse a generosa e lucrativa legislação trabalhista, sequer existiriam.
O que é difícil de entender é a CUT, a maior de todas as organizações sindicais do país, com uma história repleta de episódios que engrandecem a luta dos trabalhadores, embarcar numa aventura dessas.

Não é que faltem motivos para reclamar do governo. 

Tanto Lula como Dilma, apesar de toda a agenda social que marcou e marca suas administrações, têm se mostrado titubeantes no que se refere à agenda trabalhista. 

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