quinta-feira, 29 de maio de 2014

Idi Amin de Paracatu está preparando as malas

247O presidente do STF, Joaquim Barbosa, está cumprindo nesta quinta-feira 29 um roteiro de audiências formais que representa uma verdadeira cerimônia do Adeus.

Pela manhã, ele esteve com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, e em seguida foi ao Congresso encontrar os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e Henrique Alves, da Câmara dos Deputados. 247 apurou que Barbosa está antecipando suas despedidas do cargo, a cinco meses do final de seu mandato (aqui).

Renan Calheiros confirmou aos jornalistas, em Brasília, que Barbosa disse a ele que irá se aposentar em junho. Antes, a diferentes interlocutores, o presidente do STF já havia adiantado que não cumpriria seu mandato até o final.

"Ele disse que vai deixar o Supremo. Comunicou que a visita era uma oportunidade para se despedir", disse Renan, que acrescentou que, a princípio, o encontro de hoje era uma reunião de rotina, mas que, em meio às conversas, Barbosa anunciou sua saída do cargo. 

Durante a reunião com Renan, Barbosa foi questionado por senadores que participaram do encontro se o plano era se candidatar em outubro, e respondeu apenas com um sorriso. No entanto, para poder disputar um cargo nas eleições, Barbosa teria de ter deixado o Supremo até 5 de abril e se filiado a um partido político.

A conversa entre os representantes dos dois Poderes durou menos de 30 minutos e Barbosa seguiu para a Câmara dos Deputados sem falar com a imprensa. À pergunta sobre a data da aposentadoria, Barbosa limitou-se a sorrir e afirmou: "Aguardem, aguardem".

Ilhado nos meios jurídicos e criticado abertamente pela Procuradoria Geral da República e por todas, sem exceção, associações de magistrados, Barbosa perdeu a admiração de seus pares. Ele já havia antecipado que iria deixar o cargo de presidente do STF antes do final de seu mandato. Hoje, colocou em prática a promessa. 

O crescente isolamento nos meios jurídicos, em razão de decisões que contrariaram diferentes jurisprudências das cortes, ajudaram a apressar sua decisão. A era Barbosa já tem data para acabar: junho.

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