Ao contrário do que se passou em 2010, ao menos aqui no Rio de Janeiro, surge uma reação eleitoral interessante.
Gente que estava resistente a votar em Dilma Rousseff, por decepção ou críticas (algumas muito justificadas) ao PT, está migrando para um “voto útil”.
Contra o que está vendo surgir por detrás da candidatura Marina Silva, mais do que a ela, pessoalmente.
O neoliberalismo selvagem e a teocracia medieval.
Gente que não quer o Itaú no Banco Central nem Silas Malafaia como chefe da Inquisição.
Porque percebem que Marina não tem um partido, nem estruturas políticas, mas patrocinadores que vêem nela um instrumento para a projeção de seus poderes.
Nem mesmo a tal “Terceira Via”, desmoralizada desde que Tony Blair virou coadjuvante de George Bush, é capaz de encobrir que é ela, agora, o cavalo de Tróia que o conservadorismo oferece ao povo brasileiro.
Recheado, claro, de tudo o que ele abomina: a paralisia do país, o autoritarismo e a intolerância.
A campanha, agora, ganha ares de segundo turno, com o fim de Aécio Neves, inapelavelmente devorado pelo apoio e cumplicidade da mídia com Marina Silva.
Cumplicidade que se expressa, de forma mais que evidente, com o encobrimento da origem escusa do avião que mudou radicalmente os rumos da campanha eleitoral.
Mas os fatos reais, estes teimosos, acabam desnudando quais são os verdadeiros santos do altar de Marina.
Os que ela não chuta, como chutou, ao longo de sua vida, o PT, o PV e, agora, a comunidade LGBT.
Marina Silva é o Tea Party tropical.
Todo o poder para os bancos, os grandes empresários, a mídia.
Governar com os melhores, não é?
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