quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Discurso de Lula na Aldeia Global


Matéria copiada do Blog DESABAFO BRASIL, do meu querido Amigo Daniel Pearl.

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Saraiva
Discurso de Lula na Aldeia Global

Ganância de lucro corrói o Capitalismo
Francisco Antônio de Andrade Filho
Releio e interpreto dois discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quais rios fluentes e limpos, sua fala expressa a riqueza de um poder com ética. Poder forte, garantido pela soberania popular de 84% dos brasileiros. Poder verdadeiro, invejado e, às caladas da noite, perseguido por uma minoria dos demos-tucanos, iluminados pela perversidade de seu PIG. Dois discursos, recheados de amor à República brasileira. Na abertura da 62ª Assembléia-Geral das Nações Unidas, Lula enfatiza: “O combate à fome e à pobreza deve ser preocupação de todos os povos. É inviável uma sociedade global marcada pela crescente disparidade de renda. Não haverá paz duradoura sem a progressiva redução das desigualdades”.
E reforça, dizendo: “Há preços que a humanidade não pode pagar, sob pena de destruir as fontes materiais e espirituais da existência coletiva, sob pena de destruir-se a si mesma. A perenidade da vida não pode estar à mercê da cobiça irrefletida”
Já o Discurso/G 20, 8 de Nov. de 2008, Lula, pela experiência de sua vida política acrescidas com suas virtudes pessoais e divinas, vê claramente a alavanca destrutiva da ganância de lucro do capital global, assim: “Mas esta é uma crise global, e ela exige soluções globais. Este é o momento de formular propostas para uma mudança substantiva na arquitetura financeira mundial.A crise nasceu nas economias avançadas. Ela é conseqüência da crença cega na capacidade de auto-regulação dos mercados e, em grande medida, na falta de controle sobre as atividades de agentes financeiros.Por muitos anos especuladores tiveram lucros excessivos, investindo o dinheiro que não tinham em negócios mirabolantes. Todos estamos pagando por essa aventura. Esse sistema ruiu como um castelo de cartas e com ele veio abaixo a fé dogmática no princípio da não intervenção do Estado na economia”.
Estaria aqui, a ganância de lucro se diluindo no capital global? Seria oportuno, lembrar o que afirmou Fernando Braudel: “O Capitalismo só tem êxito quando começa a ser identificado com o Estado, quando é ele o próprio Estado”. De um lado, o acesso à concepção de globalização como prática. Penso poder tomar o capitalismo, assim, como via de acesso à globalização. Pois, de nenhuma criação histórica pode se dizer com mais propriedade que seja tipicamente moderna como do modo capitalista de reprodução da riqueza social e inversamente, nenhum conteúdo característico da vida moderna é tão essencial para defini-la como o capitalismo. Esse, o caráter peculiar da “Fábrica Global”, sua dimensão ética, configurada pelo capital, de mudança radical revolucionária da história, abre caminho à “emancipação social” do homem, conforme pensa Marx, é “a necessidade de um mercado constantemente em expansão que impele a burguesia invadir todo o globo”.
Realidade efetiva e ativa da riqueza pós-moderna, o capitalismo, porém, desvela processo limitado e contraditório. Indispensável para a existência concreta da riqueza social no mundo de hoje, a mediação capitalista, contudo, corrói. Dilui-se. Só tem êxito quando começa a ser identificado com o Estado, quando é ele próprio o Estado. Não se afirma como condição essencial e única de sua existência. Neste sentido, nem Hans Kelsen, nem Thomas Hobbes e John Locke; com suas respectivas pretensões - de “Estado mundial e Universal”; da “entidade soberana - deus na terra”, da “sociedade global” -, não explicam a novidade real dos processos históricos que estamos testemunhando. Surge, então, um novo paradigma de “relações globais de poder” de uma forte união do poder econômico ao poder político para materializar o projeto do capital global. É possível pensar e praticar “o mundo como pode ser: outra globalização”. Um mundo possível, outro mundo mediante uma globalização mais humana: projeto de emancipação humana a partir das condições materiais e espirituais da própria globalização. É possível, sim, a aldeia global com ética.
Essa possibilidade de produção de um novo discurso pedagógico, quando o homem desfrutar do trabalho como desenvolvimento de “suas forças físicas e espirituais”, no controle do processo social em suas relações reais de existência – nas palavras do presidente – Democracia e paz significam que as pessoas têm que comer, tomar café, almoçar, jantar. Sem isso não haverá democracia e paz. Essa nova globalização é possível quando surgirem relações práticas com a produção de bens coletivos, globalizados, quer materiais, sejam espirituais, de relações sociais entre os homens e não relações entre mercadorias, entre coisas, e em benefícios de todos. Só então “dentro da comunidade terá cada indivíduo os meios de cultivar seus dotes e possibilidades em todos os sentidos”. É a globalização a ser realizada e regida pelo trabalho. A construção da “Aldeia Global” será possível com a emancipação humano-social, uma forma de sociabilidade, em que o desenvolvimento das forças globalizadas do capital atenda às necessidades de todos. E o homem conquistará sua Humanidade. Leia Mais:
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Postado por DANIEL PEARL às Quinta-feira, Fevereiro 19, 2009 3 comentários Links para esta postagem


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