O SILÊNCIO QUE CONDENA
STF concede liminar para ex-mulher de Cachoeira ficar calada em depoimento
06/08/2012 - 21h21
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília
- Com depoimento marcado para a próxima quarta-feira (8), na Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, Andrea Aprígio de
Souza, conseguiu hoje (6) uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF)
que garante a ela o direito de se calar.
Andrea é
ex-mulher do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, cujas atividades são objeto de investigação das operações
Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal.
O habeas
corpus foi concedido pela ministra Rosa Weber. Na decisão, a ministra
alegou que os requerimentos que resultaram na convocação a acusam de
envolvimento nas atividades ilícitas investigadas. Dessa forma, ela não
pode ser considerada somente uma testemunha, e sim, investigada.
“A paciente
pode, como potencial investigada, ser ouvida, mas com o resguardo dos
direitos constitucionais e legais decorrentes dessa condição”, disse a
ministra no documento.
Andrea é
suspeita de ser "laranja" de Cachoeira. Cachoeira é acusado de comandar
uma organização criminosa que teria cooptado empresários e políticos. O
grupo é investigado por atividades como jogos ilegais, tráfico de
influência, fraudes em licitações, entre outras ações.
Edição: Rivadavia Severo
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