quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Globo teme ataques de laser

Por Altamiro Borges
A Rede Globo realmente está com medo dos protestos de rua. Além do surpreendente editorial em que admite - finalmente e de forma matreira - que apoiou o golpe militar de 1964, ela agora toma providências para evitar constrangimentos diante de novas manifestações contra o monopólio da mídia e pela democratização dos meios de comunicação. Duas notinhas de Keila Jimenez, na Folha Ilustrada desta semana, confirmam o temor que atingiu os filhos de Roberto Marinho. Vale conferir:
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Globo tenta impedir ataque de laser em estúdio de vidro
A Globo tomará uma série de medidas de segurança para tentar impedir que luzes de laser voltem a atrapalhar os seus noticiários locais em São Paulo.
Na última quinta-feira, o estúdio do "SPTV 2ª edição" voltou a ser invadido por uma luz verde, que passeava pelo rosto e pelas mãos da âncora Monalisa Perrone, ao vivo, durante a transmissão do noticiário.
A Folha apurou que, após o ocorrido, a Globo reforçou a segurança em torno de sua sede, na zona sul de São Paulo, e está estudando colocar um filtro ou trocar os vidros do estúdio panorâmico do jornalismo.
A invasão de laser no "SPTV" já havia acontecido duas outras vezes, com Carlos Tramontina no comando do jornalístico.
Em uma delas, no início de julho, durante cobertura das manifestações lideradas pelo Movimento Passe Livre em São Paulo, a luz ficou no rosto do apresentador por quase um bloco inteiro do noticiário.
Inaugurado em 2008, o estúdio panorâmico da Globo em São Paulo possui paredes e colunas de vidro e permite uma visão de 180 graus da cidade. Ao fundo da bancada, é possível ver a marginal Pinheiros.
Procurada, a Globo diz que não comenta medidas de segurança.
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Com medo de protestos, Globo usa fundo falso
A Globo está tomando medidas de segurança devido aos recentes protestos em frente à sua sede na zona Sul de São Paulo.
A Folha apurou que na última sexta (30), a rede chegou a abrir mão da vista panorâmica de seu estúdio de vidro, onde são realizados o "SPTV" e o "SPTV 2ª edição".
Em uma ação inédita, a emissora trocou a vista em tempo real da marginal Pinheiros, que aparece atrás da bancada do noticiário, por um painel de "chroma key", efeito especial que se obtém pela sobreposição de uma imagem em primeiro plano a outra de fundo.
Em suma, o telespectador do "SPTV 2ª edição" achou que estava vendo o trânsito de São Paulo ao vivo, mas o que apareceu foi uma imagem gravada, antiga.
O canal estava com medo de ser, novamente, alvo de ataques, como o de luzes de laser, o que já aconteceu três vezes.
Na sexta, manifestantes depredaram a sede da Globo, na avenida Luís Carlos Berrini. Eles picharam muros, quebraram holofotes e jogaram esterco na porta da emissora.
A Globo confirma que utilizou "chroma key" na 2ª edição do "SPTV" de sexta, mas não comenta o assunto. O painel deve ser usado sempre que a rede achar necessário. A emissora também reforçou sua equipe de segurança.
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Os constantes protestos nas sedes da TV Globo e das suas afiliadas, nos quais a juventude esbanja criatividade e ousadia, estão incomodando o poderoso império midiático. Além disso, a emissora até agora não esclareceu as denúncias sobre a sua milionária sonegação de impostos - de mais de R$ 600 milhões. Ela também está preocupada com a concorrência das empresas de tecnologia, como o Google, que têm abocanhado gordas fatias das verbas publicitárias. Por último, com sua confissão explícita de que participou do golpe militar de 1964, cresce a pressão para que a famiglia Marinho deponha na Comissão da Verdade. 
Como se observa, o laser verde não é o único problema que atormenta a Rede Globo.
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