O curso deve ocorrer no sábado, 14, para 200 "militantes digitais" do PSDB
FHC: segundo Brusadin, ministrador do curso, um dos principais ataques encontrados na redes sociais contra tucanos é em relação ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso |
Brasília - Integrantes do diretório estadual do PSDB em São Paulo
preparam um curso para os correligionários aprenderem a monitorar ações
dos adversários nas redes sociais e detectar reivindicações de
internautas que poderão ser inseridas nos programas do partido.
A legenda contratou para um aula de oito horas Maurício Brusadin,
ex-presidente do PV em São Paulo e integrante da campanha de Marina
Silva à presidência em 2010. O curso deve ocorrer no sábado, 14, para
200 "militantes digitais" do PSDB.
"Evidente que, se eu disser que não vamos monitorar ações dos
adversários, estaria mentindo. É evidente que serão monitoradas as ações
porque a rede se tornou um lugar um pouco sujo. Há muitas agressões. Já
estou com o monitoramento ligado ao PSDB a algum tempo e há muitas
agressões com banners, vídeos, textos com todos assuntos possíveis",
disse Brusadin ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real
da Agência Estado.
Segundo ele, um dos principais ataques encontrados na redes sociais
contra os tucanos é em relação ao ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso.
"Tem um nicho muito grande, que deve ser do PT, que fica comparando o
governo do Fernando Henrique com o governo do PT e com uma série
informações que não procedem. São banners comparativos desses governos,
mas jogando sempre a questão do governo Fernando Henrique para baixo. Do
ponto de vista estadual, grande parte das agressões é com relação ao
governador Geraldo Alckmin (de São Paulo) com banners que beiram
inclusive a baixaria", afirmou.
Para Brusadin, apesar da divulgação de possíveis "inverdades" na web,
recorrer à Justiça não será a orientação inicial. "Eu sempre acho que a
via judicial na internet é o pior dos mundos porque você dá mais
publicidade. O melhor caminho é a militância tucana (sic) estar ativa e, ao estar ativa, poder responder sem bate-boca, sem entrar num jogo de uma briga doméstica", considerou.
Além do monitoramento das atividades dos adversários, outro objetivo do
curso será o de discutir o poder da comunicação em rede. "Não podemos ir
para a rede com a cabeça de comunicação de massa. É uma central de
relacionamento de conteúdo, de causas para ouvir, para dialogar, para
discutir", afirmou.
"Tão importante quanto buscar a maneira como você age na rede é entender
a rede. Infelizmente os partidos políticos já trabalham com a rede como
se ela fosse um veículo de comunicação de massa", acrescentou.
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