sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Justiça Federal bloqueia R$ 60 mi de envolvidos nas propinas dos trens tucano


A Justiça Federal determinou nesta quinta-feira (7) o bloqueio de R$ 60 milhões em bens de ex-diretores da estatal paulista de trens CPTM e de empresas investigadas por fraudes em licitações no setor de transportes do Estado de São Paulo.

Sem citar nomes dos envolvidos na decisão, a Polícia Federal divulgou que a quantia foi bloqueada em contas bancárias, títulos de investimento e ações de três empresas e cinco pessoas --entre elas três ex-diretores da CPTM.

Todos são investigados em inquérito que apura crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro relacionados a licitações do Metrô e da CPTM, segundo a PF, que afirma ter pedido o bloqueio para garantir o ressarcimento aos cofres públicos caso as fraudes sejam comprovadas na Justiça.

Atualmente, o Ministério Público Federal investiga se a multinacional francesa Alstom pagou propina a funcionários públicos ligados ao setor de trens por meio de consultorias falsas entre 1999 e 2002, durante governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.

Paralelamente, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão federal que tenta garantir a livre concorrência, apura um cartel formado por empresas em licitações do Metrô e da CPTM entre 1998 e 2008, também durante governos tucanos. O caso foi delatado pela companhia alemã Siemens.

A PF diz que pediu à Justiça o bloqueio do bens após tomar conhecimento de um pedido de cooperação internacional encaminhado pela Suíça ao Ministério Público Federal no Brasil.

No final de outubro,  os procuradores suíços haviam desistido de investigar parte do caso envolvendo a Alstom após dois anos esperando a ajuda das autoridades brasileiras.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou que a Suíça renovou o pedido e que o Ministério Público irá cumprir as buscas e interrogatórios solicitados.

CPI

Nesta quinta, a CPI do Transporte Público da Câmara Municipal de São Paulo teve que adiar o depoimento do presidente da Alstom no Brasil, Marcos Costa.

O empresário passou mal um pouco antes da sessão na qual seria ouvido. Um novo depoimento foi marcado para o dia 28 deste mês.

Ele teve um "mal-estar" e "perdeu a condição de enfrentar o estresse de um depoimento", segundo Roberto Lopes Teixeira, um dos advogados da empresa. Na Folha

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