Apontado pela Polícia Federal como responsável por receber e
intermediar o pagamento de propinas a políticos de alta plumagem do PSDB
durante as gestões tucanas de Mário Covas, José Serra e Geraldo
Alckmin, Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes do governo Luiz
Antonio Fleury Filho (PMDB), movimentou nada menos que R$ 28 milhões
num período de dez anos (1997 a 2007) no caso da multinacional francesa
Alstom; documentos foram entregues por autoridades do país europeu a
autoridades brasileiras; valores foram considerados incompatíveis com
suas funções de servidor em estatais brasileiras.
247 - Apontado pela Polícia Federal como responsável por receber e intermediar pagamentos de propina a importantes nomes do PSDB durante os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, no caso da francesa Alstom, Jorge Fagali Neto agora é alvo de uma nova acusação: ter movimentado nada menos que R$ 28 milhões em bancos estrangeiros num período de dez anos (de 1997 a 2007).
O ex-secretário de Transportes no governo Luiz Antonio Fleury Filho
(PMDB) é irmão de José Jorge Fagali, ex-presidente do Metrô na gestão
Serra. Considerado o “homem bomba” do escândalo de corrupção em
contratos firmados pelo grupo Alstom para fornecer energia ao metrô de
São Paulo, Jorge Fagali tinha autorização para movimentar no paraíso
fiscal a conta do responsável por uma das consultorias suspeitas de
movimentar propina para a Alstom: a Taltos, de José Geraldo Villas Boas.
No inquérito do Ministério Público, ele também aparece como
representante de três fundações no exterior: Andrius e Lenobrig, em
Lichtenstein, e Niton Foundation, no Panamá. É também representante da
offshore Woler Consultants, no Panamá. José Fagali Neto foi denunciado à
Polícia Federal pela secretária Edna Flores, que entregou aos
Ministério Público estadual e federal emails pessoais do consultor.
Nas mensagens, fica evidente o livre trânsito da família Fagali à cúpula
do tucanato. Segundo a secretária, o engenheiro Pedro Benvenuto, atual
secretário-executivo do conselho gestor de Parcerias Público-Privadas
frequentava o escritório do consultor em 2006 e 2007, quando era
coordenador de gestão da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São
Paulo, à qual estão subordinadas o Metrô e a Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos. Em 2006, Alckmin era o governador. Em 2007, José
Serra.
Suspeito de intermediar propinas da Alstom, José Fagali Neto teve bloqueada uma conta de US$ 6,5 milhões na Suíça.
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