11/03/2014
Via Crônicas do Motta
A moça que apresenta um telejornal do SBT vive seu momento de glória. Nova estrela dos reacionários, ela agora se sente forte o suficiente para engrossar o coro dos fascistas que pedem a volta da ditadura militar.
A princípio dá vontade de rir, pois afinal o país está vivendo o período mais democrático de sua história e, além disso, passa por um ciclo virtuoso na economia, com o PIB crescendo mais de 2% ao ano – em plena crise econômica mundial –, com a taxa de desemprego no nível mais baixo da história, investimentos pesados em infraestrutura, saúde e educação, além de o sistema bancário ofertar crédito à vontade para o consumo.
Quando, porém, a gente para um pouco para pensar, bate um desânimo danado. O ser humano, definitivamente, não deu certo…
Como é que essas pessoas têm a cara de pau de pedir intervenção militar num país em que há mais de 20 anos as instituições estão funcionando perfeitamente?
Só mentes doentias, acanalhadas ou estúpidas podem chegar a esse ponto de baixeza. Seja lá qual for o problema desses indivíduos, é muito triste constatar o mal que a ditadura fez ao Brasil, formando uma geração de idiotas, que, por sua vez, transmitiu a seus filhos seus “valores” degenerados.
Ninguém é obrigado a ser democrata ou mesmo a achar que a democracia é o melhor sistema social. Cada um pensa como quiser. Mas quem combate a democracia deve ter argumentos que provem que o que pretende pôr em seu lugar é melhor.
Uma ditadura certamente é pior, em todos os sentidos, que uma democracia.
A moça do SBT e a turma do coturno nem mereceriam, tal o grau de insensatez, desonestidade, desinformação e estupidez de sua proposta, uma linha sequer de comentário.
Ganham destaque, todavia, porque, de certa forma, são úteis didaticamente, servem ao menos como exemplo de que, numa democracia, até os seres mais abjetos têm direito a expor suas obscenidades.
Numa ditadura eles estariam conspirando à sombra – e nunca saberíamos que cara eles têm.
P.S.: Mesmo uma democracia tem limites. É intolerável permitir que uma concessão pública, como a tevê, se torne abrigo de sociopatas que pregam o ódio, a intolerância e até a derrubada do governo central por meios inconstitucionais, ou em palavras mais simples, que fazem a apologia do golpe militar.
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