Furar
fila, colar na prova e sentar em assentos reservados são alguns atos
que tornam o país mais corrupto, afirmam especialistas
- por Janaína Marques
Aprender
é mudar posturas. Essa foi uma lição dos gregos, especificamente de
Platão. Mas, no País do “jeitinho”, levante a mão quem nunca furou fila?
Ou colou na prova?
Pois estas são algumas das dez posturas que entram na campanha intitulada “Pequenas Corrupções - Diga Não”, lançada pela Controladoria-Geral da União (CGU) na rede social Facebook.
3 comentários:
Links para esta postagem- por Janaína Marques
Pois estas são algumas das dez posturas que entram na campanha intitulada “Pequenas Corrupções - Diga Não”, lançada pela Controladoria-Geral da União (CGU) na rede social Facebook.
O Órgão do Governo
Federal, que é responsável por fiscalizar o patrimônio público, veiculou
uma imagem com dez mensagens, que focam em atitudes antiéticas, ou
ilegais, do cotidiano da sociedade brasileira.
Entre as atitudes citadas pela CGU, estão as ações de falsificar carteirinha de estudante, roubar TV a cabo, comprar produtos piratas e tentar subornar o guarda de trânsito para evitar multas.
Entre as atitudes citadas pela CGU, estão as ações de falsificar carteirinha de estudante, roubar TV a cabo, comprar produtos piratas e tentar subornar o guarda de trânsito para evitar multas.
“Cada qual faz a
corrupção que pode fazer: deixar de pagar o imposto de renda, não
respeitar os direitos trabalhistas da empregada doméstica, estacionar em
lugar proibido, passar no sinal vermelho... Tudo isso é uma forma de
tirar vantagem da situação”, analisa o professor de Sociologia da
Universidade Federal do Ceará (UFC), André Haguete.
Entendendo corrupção como “tudo aquilo que vai contra a lei ou age a favor de interesses particulares em detrimento dos coletivos”, Haguete concorda que todas essas atitudes possam ser consideradas “corruptas”, mesmo que seja em pequena escala. Para o docente, o tema se relaciona com o “caráter de cada pessoa e uma ética cívica coletiva”.
Para a chefe da Assessoria de Comunicação Social da CGU, Thaisis Barboza, responsável pela concepção e criação da campanha, corrupção representa qualquer ato que gera algum benefício próprio, de forma indevida. “Furar fila não é o mesmo que desviar dinheiro público, mas entendemos que é uma forma de corrupção, mesmo que seja em um grau menor”, explica.
Thaisis ainda argumenta que esses pequenos atos são capazes de propagar atitudes mais graves e defende que: “se uma pessoa é capaz de subornar um policial, lá na frente, poderá ser capaz de subornar para ganhar uma licitação”.
Outros exemplos não escapam aos olhos. “Um condomínio colocou estacas de cimento na praia e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ameaçou a iniciativa com uma multa. As pessoas decidiram pagar a multa e ir contra a lei, porque tem dinheiro para desobedece-la. E ai?”, afirma, citando uma história verídica.
O sociólogo também não esconde que “todos nós”, alguma vez na vida, já praticamos pelo menos alguma dessas “pequenas corrupções”. “Confesso que quando vou ao exterior sou até mais obediente do que no Brasil”, diz.
Na opinião do professor, a solução para atingir uma mudança efetiva de comportamento, poderia estar no ato de punir o indivíduo, já que “todo mundo sabe o que é proibido”. “Se houvesse uma multa de R$ 1.500 para não jogar lixo pela janela, ninguém faria isso”.
Entendendo corrupção como “tudo aquilo que vai contra a lei ou age a favor de interesses particulares em detrimento dos coletivos”, Haguete concorda que todas essas atitudes possam ser consideradas “corruptas”, mesmo que seja em pequena escala. Para o docente, o tema se relaciona com o “caráter de cada pessoa e uma ética cívica coletiva”.
Para a chefe da Assessoria de Comunicação Social da CGU, Thaisis Barboza, responsável pela concepção e criação da campanha, corrupção representa qualquer ato que gera algum benefício próprio, de forma indevida. “Furar fila não é o mesmo que desviar dinheiro público, mas entendemos que é uma forma de corrupção, mesmo que seja em um grau menor”, explica.
Thaisis ainda argumenta que esses pequenos atos são capazes de propagar atitudes mais graves e defende que: “se uma pessoa é capaz de subornar um policial, lá na frente, poderá ser capaz de subornar para ganhar uma licitação”.
Outros exemplos não escapam aos olhos. “Um condomínio colocou estacas de cimento na praia e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ameaçou a iniciativa com uma multa. As pessoas decidiram pagar a multa e ir contra a lei, porque tem dinheiro para desobedece-la. E ai?”, afirma, citando uma história verídica.
O sociólogo também não esconde que “todos nós”, alguma vez na vida, já praticamos pelo menos alguma dessas “pequenas corrupções”. “Confesso que quando vou ao exterior sou até mais obediente do que no Brasil”, diz.
Na opinião do professor, a solução para atingir uma mudança efetiva de comportamento, poderia estar no ato de punir o indivíduo, já que “todo mundo sabe o que é proibido”. “Se houvesse uma multa de R$ 1.500 para não jogar lixo pela janela, ninguém faria isso”.
Do Blog TUDO EM CIMA.
9 comentários:
Discordo totalmente da frase colocada. O correto seria dizer: UM POVO CORRUPTO É REFLEXO DE UM GOVERNO CORRUPTO.
Não Edgar,porque os politicos vem do povo mesmo...se o povo é corrupto os politicos oriundos dele tbm serão...não tente justificar
Tremenda falácia. Jamais poderia ser dita por um acadêmico (se foi ele que criiu esta logica) Ele teria que provar a relação de causa e efeito: políticos corruptos sao reflexo de um povo corrupto. Também poderia ser o efeito contrário ...pelo exemplo histórico o povo se torna corrupto. Todos os itens do quadro são instrutivos e são formas de Corrupção que podem ser reduzidas com a educação. Mas daí justificar os políticos corruptos é outra intenção. ..
Como numa FAMÍLIA, o exemplo vem dos pais para os filhos.
Filhos de pais honestos, dignos e trabalhadores, geram filhos da mesma forma e assim sucessivamente. Ora um GOVERNO desonesto, indignos e vagabundo só pode gerar um povo da mesma forma... A HISTÓRIA nos mostra um monte de exemplos... O circulo vicioso começa DE CIMA PRA BAIXO E NÃO O INVERSO!!!
E o sintoma característico de um povo corrupto é a hipócrita negação de que é corrupto. Junto com a cínica "desculpa" de que se for corrupto é por culpa do governo...
Sergio Luz
O governo emana do povo, isso já diz tudo.
Antes de existir o político, existia o povo.
A palavra político no original grego significa " aquele que se preocupa com a sociedade, e aquele que só pensava nele, só olhava para o próprio umbigo era chamado de idiota...aí um idiota foi colocado no lugar do político e enxergou a possibilidade de passar todo mundo pra trás e de ganhar uma grana preta em cima dos outros...e aí o quê vcs acham? é a mesma coisa que responder quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha...os criacionistas vão falar que foi a galinha pois Deus fez primeiro os animais e os evolucionistas vão dizer que primeiro nasceu o ovo e ele foi evoluindo até virar galinha.
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