O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa,
refutou, na CPI do Senado que investiga supostas irregularidades na compra
da refinaria de Pasadena, no Texas, ilações que tentam comprometer a Petrobras. Ele revelou também que sua empresa mantém negócios com as Organizações Globo.
Paulo Roberto lembrou que passou mais de 50 dias preso e massacrado por
setores da mídia, como a Globo, com quem mantém contrato.

A revelação pelo foi um dos pontos marcantes da CPI, nesta terça-feira
(10). Em seu relato, o ex-diretor confirmou que é o dono da empresa de consultoria
Costa Global e que entre os seus contratados estão as Organizações Globo. “Para conhecimento de vocês, eu tenho um contrato assinado para vender uma ilha das Organizações Globo”, revelou.

De acordo com o ex-diretor, a ilha situa-se na rodovia Niterói-Manilha.
Ele frisou que o contrato firmado com as organizações da família Marinho
era para que a Costa Global procurasse um leasing imobiliário para
vender a área. Segundo ele, o objetivo do negócio era dar apoio para a
operação offshore que atuaria para empresas que trabalhavam com a
Petrobras, com a Shell, e com outras empresas que têm atividades de
produção na Bacia de Campos. “Até para as Organizações Globo estamos prestando serviço”, reafirmou Paulo Roberto.
O ex-dirigente disse ainda que constituiu a Costa Global em 2012, após
sua saída da estatal. Ele contou que a sua filha, Arianna Azevedo Costa
Bachmann é sua sócia e que a empresa possui 81 contratos firmados.
No decorrer de sua exposição, Paulo Roberto da Costa repudiou com
veemência as “inveracidades” das acusações do Ministério Público contra a
Petrobras e criticou o foco dado pela imprensa brasileira à questão.
“A Petrobras é uma empresa totalmente séria. Pode-se fazer auditoria por
50 anos dentro da Petrobras que não vão achar nada ilegal porque não há
nada ilegal na Petrobras. Estão colocando a Petrobras na condição de
uma empresa frágil”, afirmou. Ele observou que os controles dentro da
estatal são enormes.
Abreu e Lima — Ele refutou as denúncias de suposto
superfaturamento nos contratos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
“Não é real. É uma ilação. Portanto, repudio veementemente essa
suposição. Não existe organização criminosa. Não sei por que inventaram
essa história. É uma história fora da realidade”, lamentou.
Operação Lava Jato — Paulo Roberto da Costa foi preso em março na
Operação Lava Jato, desencadeada pela Polícia Federal. A Operação da
PF investigou esquema de lavagem de dinheiro
e evasão de divisas. Em seu depoimento ele foi enfático em afirmar que
não existe lavagem de dinheiro da Petrobras com o doleiro Alberto
Youssef, também preso pela PF.

“Não sei de onde tiraram essa história. A Polícia Federal, o MP deveriam
aprofundar essa análise da Petrobras, que vão chegar à conclusão de que
a Petrobras não é o que estão falando. A Petrobras é uma empresa que
orgulha o povo brasileiro”, afirmou.
Pasadena — Sobre a aquisição da refinaria de Pasadena, Paulo
Roberto voltou a dizer o que os seus antecessores afirmaram em
depoimentos na CPI. “Naquele momento era um bom negócio. Ninguém coloca
petróleo cru na indústria, no carro ou no avião. Ter refinaria é algo
importante e estratégico”, reafirmou.
Benildes Rodrigues
No PT na Câmara
Também do Blog CONTEXTO LIVRE.
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