Avião de Campos não aparece em contas enviadas ao TSE
Presidente do PSB havia declarado que partido já tinha prestado contas do avião ao TSE. Mentiu
Ao contrário do que havia prometido, a campanha de Marina Silva (PSB) à
Presidência da República não declarou de forma explícita e detalhada as
despesas relacionadas ao jato Cessna em que o ex-governador Eduardo
Campos (PSB) morreu no último dia 13. A segunda prestação de contas
parcial enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não traz
informações claras sobre a aeronave que vinha sendo usada pelo
pessebista e que está hoje sob investigação da Procuradoria- Geral da
República por suspeita de crime eleitoral e caixa dois.
Na declaração em nome de Marina Silva não foi lançada receita ou
despesa. Na de Campos, há receitas de R$ 17,4 milhões e despesas de
mesmo valor. Entre elas, no entanto, aparecem apenas "gastos com
pessoal", "baixa de recursos estimáveis em dinheiro" (sem indicação de
fornecedor) e "encargos financeiros".
As despesas do Diretório Nacional do PSB são todas relacionadas a
transferências para candidatos. Só na prestação de contas do comitê
financeiro da campanha há alguma referência a despesas com aeronaves,
mas não de forma clara.
Foram pagos R$ 114,1 mil à Líder Táxi Aéreo que, segundo afirmaram
dirigentes do partido na época do acidente, havia sido contratada para
prestar serviço receptivo da aeronave em solo à equipe de Campos. Este
gasto foi registrado no dia 12 de agosto, um dia antes da morte do
ex-governador. Como nenhum valor relacionado às despesas com o jato foi
apontado na primeira parcial, não é possível saber se os R$ 114,1 mil
incluem ou não o aluguel do Cessna.
MARINA SEM DOAÇÃO
Além da Líder Táxi Aéreo, foram declaradas despesas com outras dez
empresas de transporte, turismo e locação de veículos no último mês. O
total gasto com elas chega a R$ 1,26 milhão. O comitê não detalha, no
entanto, o tipo de serviço prestado, descritos de forma vaga como
"despesas com transporte ou deslocamento" e "cessão ou locação de
veículos".
Também na segunda prestação parcial constata-se que o crescimento de Marina nas pesquisas ainda não se refletiu em doações.
Ela não declarou receitas provenientes de sua candidatura presidencial. O
comitê financeiro da campanha, por sua vez, arrecadou R$19,5 milhões.
Desse total, 17,4 milhões vieram da campanha de Campos. Na primeira
parcial, havia sido declarado um total de R$ 8,2 milhões.
Entre os maiores doadores do PSB aparecem a JBS (R$ 5 milhões), a
Bradesco Vida e Previdência (R$ 1 milhão), a Copersucar S/A (R$ 750 mil)
e a Intertechne Consultores S/A (R$ 750 mil). Nenhuma receita nova
aparece nas contas da campanha a partir do dia 13 de agosto, quando
Marina assumiu o posto de presidenciável.
Segundo o PSB, não há nenhuma receita nem despesa no nome de Marina.A
conta foi aberta somente na véspera da entrega da segunda parcial.
As despesas da campanha do PSB até agora somaram R$ 18,4 milhões,
segundo dados declarados ao TSE. Com a produção dos programas de TV,
foram gastos cerca de R$ 3,4 milhões. Com escritório de advocacia, R$
750,8 mil.
JATINHO NA BAHIA
Ontem, Marina Silva usou um jato particular para cumprir agenda no
interior da Bahia. A campanha não informou quem é o proprietário da
aeronave.
Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
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