O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido no dia 5 de
setembro de 2014, conclama a militância petista — e estende o convite
aos aliados — a intensificar os esforços nas ruas, nos locais de
trabalho e em todo o País, para reeleger a companheira Dilma Rousseff
presidenta da República e Michel Temer para vice.
O que está em questão não é apenas a continuidade do atual governo, com
mais mudanças e mais futuro no próximo período. O que está em jogo é o
projeto de transformações iniciado em 2002 com a vitória do presidente
Lula. O que está em jogo, em ultima instância, é o futuro do Brasil. E o
caminho que seguirmos terá enorme impacto sobre o processo de
integração latino-americano e caribenho, bem como sobre a constituição
dos BRICS e demais ações em favor de um mundo multipolar e de paz.
Ao longo dos últimos 12 anos, os governos Lula e Dilma deram passos
firmes no sentido de melhorar a vida do povo brasileiro, garantir
empregos e salários crescentes, expandir a oferta e a qualidade dos
serviços públicos, ampliar a democracia, defender a soberania nacional,
promover a integração regional e contribuir para a criação de uma nova
ordem internacional.
Entretanto, cada avanço conquistado pelos governos Lula e Dilma sofreu
uma dura oposição por parte dos setores sociais e políticos ligados ao
grande capital e ao conservadorismo, cujos interesses barraram e
dificultam a ampliação da democracia, da inclusão social e da redução
das desigualdades.
Enfrentando estes setores, fizemos um segundo mandato Lula superior ao
primeiro. E faremos um segundo mandato Dilma ainda melhor que o atual,
sintonizado com o sentimento popular expresso em várias oportunidades,
mas especialmente nas chamadas jornadas de junho de 2013, lideradas por
expressivas parcelas da juventude brasileira. O que implica concretizar
mais mudanças, mais democracia, mais bem-estar social, em mais soberania
sobre nossas riquezas nacionais.
Os dois candidatos da oposição vestem a fantasia da mudança e de uma
suposta nova política, mas seus programas de governo, semelhantes em
muitos aspectos no conteúdo, revelam que a mudança propalada serve mais
aos grupos que os apoiam do que àquela desejada pela maioria da
população.
Contra o Projeto Democrático e Popular que representamos, alinham-se, em
apoio às propostas dos candidatos da oposição, representantes do
capital financeiro e bancário; aqueles que tentam colocar novamente o
Brasil de joelhos perante o FMI; os mesmos que pretendem liquidar o
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES; que propõem subtrair,
da Presidência da República e do Congresso, a condução da política
econômica para entregá-la a um banqueiro de confiança dos rentistas e
especuladores. Não satisfeitos, acenam para as multinacionais do
petróleo ao colocarem em xeque o modelo de partilha em vigor para
substitui-lo pelo regime de concessões. E, tão grave quanto, jogam para
segundo plano a exploração do petróleo do pré-sal, esta imensa riqueza
nacional, verdadeiro passaporte para o futuro do País.
O programa e as iniciativas dos candidatos da oposição representam um
enorme retrocesso: menos soberania nacional e mais dependência externa;
menos democracia e mais conservadorismo; a volta do desemprego e do
arrocho salarial. Em resumo: o “ajuste conservador” de sempre, cujos
custos, sabemos bem, recaem sobre a maioria da população, sobretudo os
mais pobres.
Como já foi dito, destacam-se nos programas da oposição, sobretudo no da
candidata adversária, algumas propostas radicais, que temos combatido
com veemência desde a sua divulgação. Ortodoxo na economia, conservador
no plano dos direitos individuais, regressivo nas propostas de reforma
política, o plano de governo da candidata defende, entre tantas
concessões : a “autonomia do Banco Central” e a redução do papel dos
bancos públicos; a “mudança na política externa”; a “revisão das regras
do Pré-Sal”. A proposta da reforma politica dessa candidatura da
oposição é regressiva e antipopular. A nossa, ao contrario, é para dar a
palavra ao povo, através de um plebiscito. A nova politica é Dilma.
O programa da nossa candidata Dilma Rousseff é o único caminho para que
para que o Estado Brasileiro continue criando as condições para que a
população, em especial a juventude, possa sonhar , planejar seu futuro e
fazer suas escolhas com mais autonomia e mais liberdade para viver e
conviver.
Ao longo das próximas semanas, nós que apoiamos Dilma Rousseff
trabalharemos para politizar as eleições presidenciais, mostrando quais
interesses estão por trás de cada candidatura, lembrando como era o país
até 2002, falando das mudanças que fizemos a partir de 2003 e,
principalmente, apontando as principais mudanças que faremos a partir de
2015.
Fincando raízes no fortalecimento das políticas sociais, na busca
permanente do crescimento econômico inclusivo e sustentável, promovendo a
competitividade produtiva e assumindo a garantia de acesso à educação
de qualidade como grande motor da transformação, o novo ciclo histórico
que propomos ao Brasil passa pelas reformas política, federativa, do
sistema tributário, a reforma urbana e dos serviços públicos (sobretudo
saúde, segurança pública e saneamento básico), assegurando mais
democracia e melhor qualidade de vida.
Democracia e qualidade de vida supõem manter total soberania sobre as
riquezas nacionais — entre as quais o Pré-Sal — e controle democrático
sobre as instituições que administram a economia brasileira — entre as
quais o Banco Central, a quem compete, entre outras missões, combater a
especulação financeira .
Estes temas, tratados tanto no horário eleitoral quanto na mobilização
militante, devem esclarecer o antagonismo entre os dois projetos de
País: o da candidatura Dilma, a serviço do conjunto da população, e o da
oposição, subordinado a interesses de grupos dominantes no País e no
mundo.
É preciso também potencializar o diferencial da candidatura da
companheira Dilma: a militância petista, cuja coragem, disposição e
capacidade de convencimento sempre foram e são decisivas. Vamos engajar,
com o mesmo entusiasmo e entrega, as centenas de milhares que abraçaram
a ideia do Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva; o
abaixo-assinado do PT pela Reforma Política; os militantes do movimento
sindical, estudantil e sem-terra; os jovens que dinamizam as redes
sociais e saíram as ruas em junho de 2013; os intelectuais e
trabalhadores que fomentam a cultura em todos os rincões de nosso país; e
todas as pessoas democráticas e progressistas envolvidas em causas
justas, como a luta contra o sexismo, contra o racismo, contra a
homofobia, em defesa dos direitos humanos e de um Brasil mais justo,
livre e fraterno.
Cabe à Executiva Nacional do Partido, interagindo com os partidos
aliados, com a direção da campanha e com as coordenações estaduais,
converter estas diretrizes em ações concretas na campanha. Com a firme
voz de comando do Partido, para, em parceria com as forças políticas e
sociais aliadas, com Lula e Dilma, derrotarmos, politica e
eleitoralmente, a oposição.
Há momentos na história que são decisivos para o futuro de um país.
Estamos num desses momentos. E sob a liderança de Dilma Rousseff, uma
mulher valente que nunca desistiu do Brasil e do povo brasileiro,
venceremos e continuaremos fazendo do Brasil a terra onde a esperança e a
verdade vencem o medo, a mentira e a desilusão.
Dilma de novo, com a força do povo!
São Paulo, 05 de setembro de 2014
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores
3 comentários:
Marina Silva = Jânio Quadros + Jim Jones + Boris Yeltsin.
Instabilidade política + fundamentalismo religioso + entreguismo aos EUA.
Nada poderia ser pior!
Recomendo fortemente o compartilhamento do vídeo "Marina Silva é a metamorfose ambulante" em: https://www.youtube.com/watch?v=qrx4hHRrIrM
O Brasil não merece este desastre!
marcosomag, obrigado pelo comentário e espero que seja visto pelos nossos leitores.
Quanto ao vídeo, curiosamente postei hoje e até agora só teve 74 visualizações.
Tenha um ótimo fim de semana.
Abraços,
Saraiva
Saraiva: Interessante que ha mais de 1 anos chamavamos (os leitores e os blogs sujos) a atenção do PT, por estar ausente na defesa das criticas que se faziam contra a Dilma. Não me lembro de ver deputados ou senadores do PT, se levantando. Antes até, nas eleições municipais, só se via pessoas pagas balançando bandeiras. O PT enquanto um partido de luta havia entrado em inercia. O resultado apareceu.
vicente caliman
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