O Ministro Joaquim Barbosa está sob uma
chuva de críticas. E elas não são feitas por "PETISTAS", e sim por seus
pares do Judiciário. Barbosa pode até estar certo em algumas das
posições que defende, mas, totalmente errado na forma como se comporta.
Ele parece que pensa ser o TODO PODEROSO.
Outra vez, imagens nos trazem a
verdadeira face do Ministro Joaquim Barbosa. Um homem que não conhece ou
esqueceu, a diferença entre autoridade e autoritarismo, entre firmeza e
truculência.
Fica claro ainda, que o Ministro
Joaquim Barbosa tem grande preocupação em só aparecer perante a opinião
pública, de forma favorável, cultivando a imagem de SUPER HERÓI da
Justiça e DEFENSOR de causas honestas, deixando para os demais a figura
de fazedores de negociações sorrateiras. Barbosa não quer que a s
associações de classe (ANAMATRA - AMB - AJUFE) publiquem notas nos
jornais, reclamando de posições e declarações por ele feitas, mas, não
se importa em abrir para a IMPRENSA registrar, uma reunião como a de
ontem, onde de forma premeditada, saiu da PAUTA e esculhambou os
presentes, tentando inclusive humilhar um dos juízes.
"Barbosa
disse que há menos de quatro meses havia recebido “esse senhor”,
referindo-se ao presidente da Ajufe. O juiz disparou: “Meu nome é Nino
Toldo”. A resposta veio com rispidez: “Não tenho obrigação de saber o
seu nome”.
Errado
Ministro Joaquim Barbosa, pessoas educadas e que prezam a posição
hierárquica que possuem, sabem o nome dos que recebe em audiência e com
pauta.
Outra coisa, Barbosa parece não conhecer a GEOGRAFIA do Brasil.
"Os novos
tribunais servirão para “dar mais empregos aos advogados" e que os novos
TRFs serão instalados em "resorts, à beira de alguma praia”.
CURITIBA - BELO HORIZONTE E MANAUS não tem praia.
AUDIÊNCIA INFLAMADA
Barbosa critica novos TRFs e associações de juízes
O encontro entre o presidente do
Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e representantes das três
principais associações de juízes do Brasil, nesta segunda-feira (8/4),
terminou mal. A reunião era pedida desde que Barbosa tomou posse como
presidente e tinha como pauta a valorização do Judiciário, mas acabou
com o ministro acusando as associações de fazerem "negociações
sorrateiras" para que o Congresso Nacional aprovasse a criação de novos
tribunais regionais federais. Participaram da audiência representantes
da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da
Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
O ministro usou a reunião para voltar a criticar a instalação de mais
quatro TRFs, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição
544/2002 e disse que a aprovação ocorreu de “maneira açodada,
sorrateira”, com a ajuda das entidades. Além das provocações sobre o
assunto que não estava na pauta da reunião, o presidente do STF tentou
encerrar diversas vezes o encontro, que era acompanhado pela imprensa,
"porque o nível da conversa não estava adequado".
“Tínhamos uma pauta de valorização e fortalecimento do Judiciário:
democratização interna, eleições diretas em tribunais estaduais,
tribunais regionais do Trabalho”, ponderou o presidente exercício da
Anamatra, João Bosco Coura, em entrevista à revista Consultor Jurídico.
“Mas parece que o ministro havia se preparado para um confronto. Ele
usou palavras fortes e desarrazoadas”, afirmou Coura. O presidente da
Ajufe, Nino Toldo, confirmou o clima tenso da reunião.
Barbosa disse, em tom irônico, que os novos tribunais servirão para
“dar mais empregos aos advogados" e que os novos TRFs serão instalados
em "resorts, à beira de alguma praia”, isso porque não teriam qualquer
utilidade para o país. Barbosa ainda acusou as entidades de conduzir “na
surdina” a negociação com os deputados para a aprovação da PEC
544/2002.
Nino Toldo não identificou motivos para a reação de Joaquim Barbosa,
que também preside o Conselho Nacional de Justiça. “Não há nenhuma
intenção de criar tribunais em resorts. Manaus, Belo Horizonte e
Curitiba nem têm praia”, lembra ele.
Para Toldo, a votação da proposta de emenda constitucional foi
pública e a associação sempre se manifestou de modo transparente em
relação ao tema. A proposta teve apoio de diversas entidades ligadas ao
Judiciário, como as associações de juízes e a Ordem dos Advogados do
Brasil, e tramitou no Congresso Nacional desde 2002.
Na véspera da votação, Barbosa havia encaminhado um ofício aos
presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), e do Senado, Renan
Calheiros (PMDB), em manifestação contrária à aprovação da PEC.
“Barbosa ficou irado com isso porque ele foi diretamente ao Parlamento e
os deputados votaram exatamente o contrário do que o ministro propôs”,
afirma o presidente da AMB,Nelson Calandra, em entrevista à ConJur.
Barbosa disse que os novos tribunais custariam R$ 8 bilhões, mas,
segundo Calandra, as informações sobre os custos da criação dos TRFs e a
quantidade necessária de cargos para os novos órgãos estão
desencontradas. "O ministro acredita que a Justiça Federal, à medida que
aumenta o número de cargos, fica menos prestigiada, menos relevante”,
disse. "Na verdade, os colegas da Justiça Federal levaram a ele números
que mostram a necessidade das novas cortes", conta.
O vice-presidente da Ajufe, Ivanir César Ireno Júnior, retrucou as
acusações de que o projeto foi aprovado "a base de cochichos" e de
maneira "sorrateira" e disse que a associação acompanhava o processo há
mais de uma década. "Sorrateira não, ministro. Democrática e
transparente", disse. "São responsáveis, na surdina, pela aprovação",
contra-atacou Barbosa. O ministro, ainda exaltado, pediu que Ireno
baixasse o tom de voz. O representante da Ajufe, por sua vez, disse que
aquele era seu modo de falar. “O senhor abaixe a voz que o senhor está
na presidência do Supremo Tribunal Federal", alertou Barbosa. "Não estou
gritando, ó estou dizendo", argumentou Ireno, em vão. Joaquim Barbosa
acrescentou ainda que o vice-presidente não havia sido convidado para a
audiência — apenas os presidentes das três entidades: Anamatra, Ajufe e
AMB.
Para o presidente do STF, entidades não têm legitimidade para
representar órgãos estatais e falar sobre a necessidade de novos
tribunais. “Os senhores não representam o Conselho Nacional de Justiça.
Os senhores não representam o STJ [Superior Tribunal de Justiça],
representam seus interesses corporativos legítimos. Mas isso não supre a
vontade dos órgãos estatais. Compreendam isso. Os senhores não
representam a nação. Não representam os órgãos estatais. Os senhores são
representantes de classe. Só isso", disse Barbosa, segundo notícia
publicada no portal Uol.
Ideia negativa
Para Bosco Coura, a ideia de Barbosa sobre as entidades é negativa e
equivocada. “O ministro tem essa visão das corporações: espúria, de
dinheiro, de vantagens. Mas elas atuam publicamente, republicanamente”,
disse. Nelson Calandra disse que a declaração do ministro de que ele era
"só" um representante de classe nem pode ser encarada como crítica. “O
ministro falou que os nossos interesses são de ordem corporativa, de
classe. E eu fiquei feliz com a declaração, porque é sinal de que estou
fazendo exatamente aquilo para que fui eleito”, avaliou. A AMB tem 94
anos e aproximadamente 14 mil associados.
O encontro foi solicitado pelo representantes sindicais, o primeiro
concedido por Barbosa desde que assumiu o Supremo, em novembro de 2012.
Joaquim Barbosa avisou que, da próxima vez, as reivindicações deveriam
ser entregues à sua assessoria, e não alardeadas na imprensa. O ministro
ainda completou, dizendo que sua “agenda é muito cheia”.
Em ofício conjunto, as três associações apresentaram a pauta
de reivindicações da categoria, como a despolitização dos tribunais de
segunda grau, da Justiça do Trabalho e Justiça Federal; mudanças na
política remuneratória, programa nacional de valorização da
magistratura; manutenção de previdência pública para os membros do Poder
Judiciário; campanhas de combate à corrupção; entre outros.
Em relação à queixa dos magistrados sobre o pagamento de adicional
por tempo de serviço, Barbosa não rendeu a conversa: “Não tenho controle
da bolsa do país.
“Fomos desrespeitados”, lamentou Nino Toldo. “Mas nosso
relacionamento com o STF não está prejudicado. Nem com o Superior
Tribunal de Justiça ou os outros tribunais. Essa é uma posição
individual do ministro [Joaquim Barbosa]. Entendo posturas pessoais, mas
deve ser respeitado o diálogo institucional”.
Para Nelson Caladra, o presidente do Supremo possui o temperamento
forte. “O diálogo é difícil, mas não impossível. Sei que ele é um homem
com preocupação permanente em relação aos assuntos nacionais
importantes”, avaliou o presidente da AMB.
Um exemplo do "diálogo difícil" se deu quando, durante a reunião,
Barbosa disse que há menos de quatro meses havia recebido “esse senhor”,
referindo-se ao presidente da Ajufe. O juiz disparou: “Meu nome é Nino
Toldo”. A resposta veio com rispidez: “Não tenho obrigação de saber o
seu nome”.
Procurado pela ConJur, a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal
Federal comunicou que o ministro Joaquim Barbosa não deu declarações e
nem se vai se manifestar sobre a audiência desta segunda-feira.
Revista Consultor Jurídico, 8 de abril de 2013
Um comentário:
Mais uma vez vemos o "quinzinho" a deslustrar a própria imagem... Tendo a origem que tem, chegando onde chegou, vencendo enormes dificuldades, imagino, nosso arremedo de "super héroi" enxovalha a própria toga, ou capa, com atitudes destemperadas, numa prova de que se pode sair da periferia, mas por vezes a periferia não sai do periférico...
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