“Para conquistar leitores pela técnica de
quem veio para confundir e não para esclarecer, colunistas conservadores querem
apagar a distinção entre "direita" e "esquerda"
Paulo Moreira Leite, ISTOÉ
Há algo estranho no jornalismo brasileiro. Enquanto a Igreja
Católica nem esperou pela morte de Bento XVI para livrar-se dele, dando espaço
ao Papa Francisco, nossos jornais e revistas realizam um movimento ao
contrário.
Esse processo levou a contratação de
Reinaldo Azevedo e Demétrio Magnoli pela Folha de S. Paulo e ao lançamento, com
pompas de livre-pensador, de Rodrigo Constantino pela VEJA. Preste atenção no
que você ouve no rádio, em quem aparece na TV. Quem estava no centro foi para a
direita. Quem estava à direita foi para a extrema-direita.
Nós não temos uma direita expressiva na vida real. Há muito tempo ela não tem votos em eleições majoritárias e, mais recentemente, enfrenta dificuldades até para formar uma bancada expressiva na Câmara e Senado. Muita gente denuncia o PT porque aceita infiltrados direitistas em seu palanque. Concordo que algumas companhias são mesmo lamentáveis e expressam um eleitoralismo exagerado.
Nós não temos uma direita expressiva na vida real. Há muito tempo ela não tem votos em eleições majoritárias e, mais recentemente, enfrenta dificuldades até para formar uma bancada expressiva na Câmara e Senado. Muita gente denuncia o PT porque aceita infiltrados direitistas em seu palanque. Concordo que algumas companhias são mesmo lamentáveis e expressam um eleitoralismo exagerado.
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