sábado, 2 de novembro de 2013

Para Globo, mérito de investigação contra auditores é de Kassab

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Para Globo, mérito de investigação contra auditores é de Kassab

2 de novembro de 2013 | 11:57
A matéria do jornal Globo de hoje sobre o escândalo dos auditores da prefeitura de São Paulo encerra de maneira i-na-cre-di-tá-vel.
Também em nota, o ex-prefeito Gilberto Kassab elogiou o sucessor por ter finalizado as investigações iniciadas no fim de sua gestão frente à Prefeitura a partir de denúncia anônima contra um auditor fiscal concursado. “ A investigação foi iniciada na nossa gestão a partir de denúncia anônima, assim que o Corregedor-Geral do Município o ouviu, manifestou sua preocupação ao secretário de Finanças, que o exonerou”, afirmou.
O Globo cria um universo paralelo para seu leitor. É tanto medo de dar crédito ao PT, que transforma um dos prefeitos mais impopulares da história de São Paulo num heroi contra a corrupção. Agora foi Kassab quem “iniciou” as investigações contra a máfia dos auditores.
Tudo bem Kassab dizer isso. Está defendo o lado dele. O problema é o Globo repetir a afirmação do ex-prefeito sem explicar que é mentira, que a investigação só aconteceu por iniciativa de Haddad de criar um novo órgão contra a corrupção, a Controladoria Geral do Município, dirigida por Mário Spinelli. O nome de Spinelli sequer é citado na matéria.
Kassab é parte envolvida, porque foi durante o seu governo que aconteceu o desvio de meio bilhão de reais. Assim como Serra, responsável pela indicação dos líderes da máfia desbaratada. Tratar Kassab como heroi é o fim da picada, só explicável por um partidarismo que beira a esquizofrenia.
Ao contrário, a “denúncia anônima” de que fala Kassab é justamente indício de omissão ou prevaricação da prefeitura, visto que ela não tomou nenhuma iniciativa. Quer dizer, tomou sim. O secretário de Finanças à época, Mauro Ricardo, mandou arquivar o caso.
Ninguém tem mérito por receber uma denúncia anônima. Menos ainda quando, sendo uma denúncia grave, séria e verdadeira, como se viu depois, se manda arquivá-la.
Por: Miguel do Rosário
 
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