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Por Reinaldo Azevedo
E o filho não era de FHC, mas FHC decide que o filho continuará seu
Todos
sabem o quanto a história já rendeu, alvo que foi da exploração
política a mais vigarista. Pois bem: Tomás, filho da jornalista Miriam
Dutra (Nota do Blog do Saraiva: Da Globo), que o ex-presidente reconheceu como seu em 2009, não é, de fato,
seu filho, como comprovam dois exames de DNA. A informação está na
coluna “Radar”, de Lauro Jardim, na VEJA desta semana. Ao rapaz, FHC
assegurou: nada muda. Ele não pretende rever a condição legal de Tomás.
Leia as notas de Jardim:
DNA revelador 1
Dois exames de DNA, o último deles feito no início do ano, deram um desfecho surpreendente a uma história envolta em muita discrição há duas décadas: Tomás, de 19 anos, o rapaz que FHC reconheceu oficialmente como filho em 2009 em um cartório espanhol, não é filho do ex-presidente.
Dois exames de DNA, o último deles feito no início do ano, deram um desfecho surpreendente a uma história envolta em muita discrição há duas décadas: Tomás, de 19 anos, o rapaz que FHC reconheceu oficialmente como filho em 2009 em um cartório espanhol, não é filho do ex-presidente.
DNA revelador 2
Embora só tenha perfilhado Tomás há dois anos, FHC sempre ajudou a jornalista Miriam Dutra, sua mãe, a sustentá-lo. Como morava entre Portugal e Espanha, para onde Míriam foi enviada pela Globo pouco antes do seu nascimento, Tomás tinha contato com FHC quando o ex-presidente viajava para a Europa – tendo eles se encontrado também várias vezes no Brasil durante a passagem de FHC pela Presidência. A situação, porém, sempre foi envolta em total reserva, quebrada somente com a publicação pela Folha de S.Paulo, em 2009, de uma reportagem sobre o reconhecimento de Tomás.
Embora só tenha perfilhado Tomás há dois anos, FHC sempre ajudou a jornalista Miriam Dutra, sua mãe, a sustentá-lo. Como morava entre Portugal e Espanha, para onde Míriam foi enviada pela Globo pouco antes do seu nascimento, Tomás tinha contato com FHC quando o ex-presidente viajava para a Europa – tendo eles se encontrado também várias vezes no Brasil durante a passagem de FHC pela Presidência. A situação, porém, sempre foi envolta em total reserva, quebrada somente com a publicação pela Folha de S.Paulo, em 2009, de uma reportagem sobre o reconhecimento de Tomás.
DNA revelador 3No
ano passado, mesmo sem nenhuma contestação da paternidade, FHC e Tomás,
hoje estudando relações internacionais nos EUA, decidiram fazer exames
de DNA. Eles foram juntos ao laboratório. Antes, no entanto, FHC disse a
Tomás que, qualquer que fosse o resultado, nada mudaria na relação
entre os dois. Com o inesperado resultado dos exames em mãos, FHC
reafirmou o que dissera. Portanto, nada muda na vida do rapaz no que diz
respeito a seu ex-pai biológico.
Leia a íntegra da coluna Radar na VEJA desta semana.
A PATERNIDADE ALHEIA No. 2 - O REAL
Lambido do Brasil247
A PATERNIDADE IRREAL DO REAL
Ribamar Fonseca RIBAMAR FONSECA
16 DE MARÇO DE 2014 ÀS 17:24
Alguém
precisa dizer ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (e a muita
gente por aí, inclusive à apresentadora Sheherezade) que o Plano Real é
fruto do governo de Itamar Franco e não do seu. O ex-presidente, ao que
parece, de tanto afirmar ser o pai do plano acabou acreditando na
própria mentira, que espalhou durante as duas eleições que o conduziram
ao Palácio do Planalto e que continua ecoando até hoje nas páginas da
chamada Grande Imprensa. Com essa atitude FHC confirma uma das mais
conhecidas máximas de Confúcio, segundo a qual “uma mentira repetida mil
vezes vira verdade”.
Fernanda
Henrique foi ministro da Fazenda do governo Itamar mas, sendo sociólogo
e não economista, não teve nenhuma participação na elaboração do Plano
Real, fruto do esforço de uma equipe de técnicos que, obedecendo à
orientação do presidente, queimaram muitos neurônios na sua confecção.
FHC só teve o trabalho de levar o documento à apreciação de Itamar
que, aprovando-o, o executou. Afinal, todo mundo sabe que é o
Presidente da República o responsável por qualquer plano econômico do
seu governo, assumindo o ônus ou o bônus por seu fracasso ou sucesso.
Por isso os planos levam o seu nome, como o Plano Cruzado do Sarney e
Plano Collor, entre outros.
Todo
mundo sabe, também, que ministro é auxiliar e, portanto, só faz o que o
presidente manda. Se o Real tivesse sido um fiasco ninguém tem
dúvidas de que o fracasso seria debitado a Itamar mas, como deu certo,
Fernando Henrique, orientado pelos seus marqueteiros e com o apoio
incondicional da Grande Midia, creditou a si mesmo o sucesso,
transformando a nova moeda no seu trunfo para ocupar duas vezes o
Planalto. Ainda assim, ao transmitir o governo ao presidente eleito Luiz
Inácio Lula da Silva entregou o país com inflação superior a dois
dígitos. E uma dívida externa multiplicada.
Consciente
de que FHC deixou o governo em baixa com o eleitorado, sobretudo por
causa da fúria privatizacionista, o candidato tucano à Presidência da
República em 2010, José Serra, tratou de escondê-lo dos olhos do público
durante a campanha. Agora, porém, motivado pelas comemorações dos 20
anos do Plano Real, o presidenciável Aécio Neves tirou o ex-presidente
das sombras e o trouxe para a frente dos holofotes, apenas insinuando,
sem afirmar, ser ele o pai do Real. Preferiu, em pronunciamento,
creditar o sucesso do plano ao seu partido, o PSDB. O ex-presidente, no
entanto, estimulado pela nova exposição na mídia, passou a deitar
falação quase todos os dias, com críticas ao governo de Dilma Rousseff.
Fazendo
coro ao senador mineiro e ao governador pernambucano Eduardo Campos,
FHC aproveita todas as oportunidades diante de uma câmera ou de um
microfone para fazer severas críticas ao governo petista. E, a exemplo
dos dois presidenciáveis, apenas critica, sem nenhuma proposta ou
sugestão de solução para os problemas que levanta. Agora ele consegue
ver, da planície, todos os problemas do país que antes não
vislumbrava do planalto. E critica até a política externa por não ter o
Brasil se alinhado aos Estados Unidos na crise da Venezuela, o que
certamente aconteceria se ele ainda fosse o presidente. A crítica, na
verdade, desde que construtiva, é saudável e fortalece o regime
democrático, mas perde credibilidade quando sistemática e com objetivos
puramente eleitoreiros.
O
fato, porém, é que já é tempo de se por um ponto final nessa mentira
sobre a paternidade do Real. Afinal, FHC não engana mais ninguém.
Depois da Internet, as “vozes roucas das ruas” não estão mais limitadas
às páginas dos grandes jornais. Agora elas chegam mais audíveis aos
ouvidos de todos, através das redes sociais, e ninguém fica dependente
da Grande Mídia para saber o que acontece no Brasil e no mundo.
Também do Blog Língua de Trapo.
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