Os donos da holding AF Andrade, de Ribeirão Preto (SP), confirmaram
nesta terça-feira, 26, em depoimento à Polícia Federal que o
ex-candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, testou o jato
Cessna Citation 560 XLS no dia 8 de maio. No dia seguinte, o empresário
pernambucano João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho (Amigo de Campos),
que havia se apresentado como comprador, comunicou aos vendedores que
ficaria com a aeronave - avaliada em US$ 8,5 milhões.
O negócio foi fechado por João Carlos Lyra por meio de um pré-contrato informal entre as partes, apresentado por ele. Nos depoimentos, os irmãos Alexandre e Fabrício Andrade declararam que o pernambucano dizia que outros dois empresários eram seus sócios na compra: os pernambucanos Apolo Santana Vieira e Eduardo Freire Bezerra Leite.
Donos oficiais do Cessna Citation que caiu no dia 13 em Santos (SP), matando o ex-governador pernambucano e mais seis pessoas, os irmãos Andrade contaram à PF que foi João Carlos Lyra que sempre esteve à frente da compra com a ASA Consulting (corretora da venda) e com a Cessna Finance Export (detentora dos direitos econômicos).
Como condição, ele pediu um teste, antes de quitar as dívidas da AF Andrade referente a cinco parcelas atrasadas da compra da aeronave e disse que queria assumir a titularidade do leasing com a Cessna.
O teste foi aprovado e marcado para o dia 8. De Congonhas, o jato partiu com o ex-governador para Uberaba (MG), com o piloto da AF Andrade, Fabiano Peixoto. No dia, Campos visitou a 80ª Expo Zebu, em agenda de pré-campanha.
Os sócios da AF afirmaram também que após o teste o pré-contrato foi assinado no dia 15 de maio. O documento previa que eles usariam a aeronave enquanto era providenciada a transferência de titularidade do leasing e que o jato poderia ser devolvido em 30 dias.
Passado o prazo, João Carlos Lyra confirmou em reunião em julho que ficaria com o jato. Além das cinco parcelas atrasadas, os sócios da AF disseram a PF que as que venceram nos dias 30 de maio, junho e julho foram pagas pelo comprador. Os empresários pernambucanos também assumiram o pagamento do seguro.
A PF tem já os registros de depósitos feitos pelo grupo pernambucano. Eles indicam que João Carlos Lyra usou empresas fantasmas e sem lastro financeiro para quitar o negócio.
Suspeitas.
O negócio foi fechado por João Carlos Lyra por meio de um pré-contrato informal entre as partes, apresentado por ele. Nos depoimentos, os irmãos Alexandre e Fabrício Andrade declararam que o pernambucano dizia que outros dois empresários eram seus sócios na compra: os pernambucanos Apolo Santana Vieira e Eduardo Freire Bezerra Leite.
Donos oficiais do Cessna Citation que caiu no dia 13 em Santos (SP), matando o ex-governador pernambucano e mais seis pessoas, os irmãos Andrade contaram à PF que foi João Carlos Lyra que sempre esteve à frente da compra com a ASA Consulting (corretora da venda) e com a Cessna Finance Export (detentora dos direitos econômicos).
Como condição, ele pediu um teste, antes de quitar as dívidas da AF Andrade referente a cinco parcelas atrasadas da compra da aeronave e disse que queria assumir a titularidade do leasing com a Cessna.
O teste foi aprovado e marcado para o dia 8. De Congonhas, o jato partiu com o ex-governador para Uberaba (MG), com o piloto da AF Andrade, Fabiano Peixoto. No dia, Campos visitou a 80ª Expo Zebu, em agenda de pré-campanha.
Os sócios da AF afirmaram também que após o teste o pré-contrato foi assinado no dia 15 de maio. O documento previa que eles usariam a aeronave enquanto era providenciada a transferência de titularidade do leasing e que o jato poderia ser devolvido em 30 dias.
Passado o prazo, João Carlos Lyra confirmou em reunião em julho que ficaria com o jato. Além das cinco parcelas atrasadas, os sócios da AF disseram a PF que as que venceram nos dias 30 de maio, junho e julho foram pagas pelo comprador. Os empresários pernambucanos também assumiram o pagamento do seguro.
A PF tem já os registros de depósitos feitos pelo grupo pernambucano. Eles indicam que João Carlos Lyra usou empresas fantasmas e sem lastro financeiro para quitar o negócio.
Suspeitas.
Os depoimentos, feitos no inquérito que apura a queda do jato, reforçam
as suspeitas da PF de que João Carlos Lyra, Apolo Vieira e Eduardo Leite
foram usados como laranjas para a compra do Cessna por alguém ligado
diretamente a Campos ou próximo a ele.
Um dos nomes já citados a agentes foi o do sócio do ex-governador em uma fazenda e uma agropecuária em Pernambuco, Aldo Guedes Álvaro.
Assessor de Campos no Congresso em no Ministério da Ciência e Tecnologia (2004 e 2005), ele foi indicado em 2007 para o cargo de presidente da estatal Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) quando o candidato foi eleito governador. Aldo nega envolvimento.
O advogado da AF Andrade, Celso Vilarde, foi procurado, mas não comentou o caso. Publicamente eles negaram irregularidade no negócio. João Carlos Lyra confirmou por nota ter comprado o jato.
Incentivo.
Um dos nomes já citados a agentes foi o do sócio do ex-governador em uma fazenda e uma agropecuária em Pernambuco, Aldo Guedes Álvaro.
Assessor de Campos no Congresso em no Ministério da Ciência e Tecnologia (2004 e 2005), ele foi indicado em 2007 para o cargo de presidente da estatal Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) quando o candidato foi eleito governador. Aldo nega envolvimento.
O advogado da AF Andrade, Celso Vilarde, foi procurado, mas não comentou o caso. Publicamente eles negaram irregularidade no negócio. João Carlos Lyra confirmou por nota ter comprado o jato.
Incentivo.
Uma das empresas de Apolo Vieira e que seria usada na compra do jato
foi beneficiada por um decreto assinado por Campos, quando era
governador de Pernambuco.
Ele ampliou incentivos fiscais concedidos à Bandeirantes Companhia de
Pneus Ltda., na época Bandeirantes Renovação de Pneus. O ato de Campos
retirou limites de importação de pneus à empresa que haviam sido
definidos pelo governo anterior ao dele. O decreto assinado por Campos
foi publicado em 24 de setembro de 2011.
O decreto assinado por Campos foi publicado em 24 de setembro de 2011 e
altera incentivo concedido à empresa pelo governador José Mendonça Filho
em 2006 que impôs limites para a empresa importar pneus para veículos e
máquinas industriais (até 4.000 unidades); pneus para máquinas
agrícolas ou florestais (4.000 unidades) e pneus para veículos diversos
(até 5.000 unidades). O decreto de Eduardo Campos retirou todos os
limites. As informações são do Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário